Coberturas
O Palácio das Artes apresenta a exposição Prêmio Marcantonio Vilaça
Palácio das Artes, 14/01/2016
Por Luiza Miranda
A abertura da exposição “Prêmio Marcantonio Vilaça”, aconteceu no foyer do Palácio das Artes, no dia 14 de janeiro, com as presenças do Presidente da Fundação Clóvis Salgado, Augusto Nunes – Filho, do Secretário de Estado de Cultura Angelo Oswaldo, do presidente da CNI – Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, de Marcus Lontra, curador da exposição, de convidados e imprensa.
Foram apresentadas as obras vencedoras do Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas, que percorrerão o Brasil e a fase itinerante da exposição começou por Belo Horizonte. Os artistas participantes são Berna Reale (PA), Gê Orthof (DF), Grupo EmpreZa (GO), Nicolás Robbio (SP) e Virgínia de Medeiros (BA).
O público poderá conhecer o projeto de exposição vencedor do Prêmio Marcantonio, desenvolvido pelo curador Raphael Fonseca. Intitulado Quando o tempo aperta, a proposta conta com trabalhos dos artistas Adriano Costa, Ana Maria Tavares, André Komatsu e Marcelo Cidade, Gabriela Mureb, Hélio Oiticica, Lais Myrrha, Leandra Espírito Santo, Lucio Costa, Pierre Verger, Raquel Stolf, Rochelle Costi e Sara Não Tem Nome.
O projeto inclui a Arte Indústria, que homenageia a artista Amelia Toledo com obras que remetem a elementos da natureza.
Segundo Marcus Lontra, a mostra visa aproximar, de maneira democrática, a arte, a cultura e o conhecimento. Foi concebida a partir da construção de obras de cinco artistas premiados, que retrataram a curiosidade e diversidade cultural brasileira. “A produção no país reflete uma sensibilidade múltipla, encontramos dificuldades e soluções. Os instrumentos para enfrentar a famosa crise são coragem, criatividade, inovação e trabalho, sendo fundamental o exercício de arte. Diante de tanta tecnologia, o ensino ainda é muito baseado em ações mecânicas e não em práticas, assim como a atividade artística é pouco explorada no que tange à capacidade de pesquisas sobre o assunto. É necessário que as pessoas experimentem soluções criativas em suas vidas, exercendo sua sensibilidade e entender o outro na sua complexidade. A arte contemporânea é um ensinamento constante, pois o mundo é uma matéria plástica em transformação, amanhã não será igual a hoje e vivemos em constante mutação”, considerou Marcus.
Raphael Fonseca, curador e crítico de arte, comentou: “A exposição origina de um texto do arquiteto Lúcio Costa, apresentado na XIII Bienal de Milão de Arquitetura em 1964, que diz: “... no Brasil a mesma gente que passa o tempo livre na rede, quando o tempo aperta constrói em três anos, no deserto, uma Capital”. A partir daí, idealizei um projeto que ligasse as idéias de trabalho e construção, repouso e cansaço. Três artistas participam com trabalhos, sendo que alguns vislumbram um certo automatismo no trabalho, outros em um convite ao repouso e contemplação silenciosa. Trazemos artistas históricos como Hélio Oiticica e temos uma geração mais nova de talentos participantes. É muito prazeroso fazer uma curadoria que reúne artistas e obras diferentes entre si”.
Marcantonio Vilaça é a personalidade que dá nome ao prêmio e entre uma grande trajetória nas artes esteve à frente da galeria Pasargada Arte Contemporânea, em Recife e em São Paulo a galeria Camargo Vilaça, que acabou se tornando a mais importante referência para a arte brasileira nos anos 1990. Marcantonio Vilaça morreu precocemente no dia 1º de janeiro de 2000, aos 37 anos de idade, em Recife.
O Prêmio é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
Fotos: Ton Nettos
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