Coberturas
Rap feminino: mulheres se destacam na estreia do Summertimes Festival em BH
Estádio do Mineirão, 21/01/2023
Por Lizandra Andrade
O rap nacional tomou conta do Mineirão na estreia do Summertimes Festival - o primeiro projeto de verão de Minas Gerais, apadrinhado pelo Planeta Brasil. O evento, que se estabelece como um dos festivais com mais pluralidade musical brasileira no país, fez o chão do estádio tremer no último domingo (22). E mesmo contando com mais de 30 atrações, divididos em quatro palcos, foram as vozes femininas no rap que ecoaram mais forte no espaço.
Enquanto Mc Hariel, Mc Cabelinho, Racionais MC’s, Djonga e Sidoka se apresentavam no Urban Stage, o palco principal (Twins Summer Stage), foi exclusivo para Negri Li, Drik Barbosa, Mac Júlia e Laura Sette. Cantando para um público de mais de duas mil pessoas, o quarteto foi responsavél por abrir as apresentações no gramado e não faltaram hits de sucesso de cada artista para esquentar a tarde chuvosa.
Negri Li por exemplo, cantou "Você Vai Estar Na Minha", "1 Minuto", "Vai Na Fé", parceria com Mc Liro, e "Raízes". Já Mac Júlia apresentou "Xananan", música que colabora com Mc Fabinho da OSK (Dj WS da Igrejinha), e que foi cantada pelo público. Por sua vez, Drik Barbosa impôs presença cantando sua composição autoral "Camélia", e Laura Sette trouxe sua mais nova música "Basic B*tch". Além disso, as rappers dividiram as lines da música "Rap É Compromisso", canção do rapper Mauro Mateus dos Santos, mais conhecido como Sabotage.
Nos bastidores, Negra Li recebeu nossa equipe com exclusividade. A cantora falou da importância da voz preta feminina no rap. “Eu torci muito (e ainda torço) pela ascensão das mulheres pretas e sempre me perguntam se quando comecei não tinham mulheres no rap, e tinham muitas, só que elas não tinham visibilidade. Agora, ver a mudança, a transformação e a autonomia das mulheres negras dentro do cenário, empoderamento, é muito legal e importante, e a tendência, cada vez mais, é melhorar”, disse.
A rapper também enfatizou a nova geração de cantoras no ramo. “Tive o prazer de dividir o palco com três meninas de gerações diferentes e foi incrível como cada uma tem o seu repertório e maneira de destacar o rap. É inegável o talento delas”, disse a cantora sobre as companheiras Drik Barbosa, MC Júlia e Laura Sette.
“Nós, mulheres, além de sermos essa uma potência, já provamos que podemos tudo. Podemos estar nos palcos e ao mesmo tempo sermos mães, dona de casa, e isso nos traz ainda mais inspiração e forças. O rap já deixou de ser algo exclusivo para homens e quem ainda pensa assim está por fora dos movimentos feministas, anti-racista e de tudo que vem ajudando as minorias a terem os seus espaços”, completou.
Internacional
A atração principal, Jack Johnson, também foi destaque e fez um show intimista e abrasileirado na capital. O cantor havaiano voltou ao Brasil, após cinco anos, para divulgar seu novo disco, "Meet the Moonlight" (2022), e embalou a noite ao som de seus clássicos e novos hits, matando também a saudade de seus fãs e do pais.
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