Coberturas
Vernissage de Paulo Apgáua na Associação Médica de MG
Associação Médica de MG, 24/01/2022
Por Luiza Miranda - colunista
O artista plástico, curador, professor de artes e empresário Paulo Apgáua promoveu a abertura de sua individual "Súbita Rajada de Vento", ocorrida na Associação Médica de MG, dia 25 de janeiro de 2022, prestigiada por familiares, amigos, artistas e formadores de opinião.
Na mostra o pintor apresenta 18 obras, produzidas no período de isolamento social. As telas, ilustradas com expressivos movimentos de fortes matizes, refletem a condição humana e buscam regeneração, tão necessária no atual contexto.
Paulo Apgáua considerou: “Entrar em contato com o público, colegas e amigos por meio da individual, me faz perceber melhor meu processo artístico e gera crescimento. Se recolher na própria individualidade dentro do atelier é parte vital, mas é por meio do olhar do Outro que o trabalho se completa, sendo necessário poder estabelecer essas trocas! Além disso, quando os trabalhos estão lado a lado, no mesmo ambiente, não é soma, alcança-se uma espécie de produto. É como se fossem todos a mesma obra dividida em diferentes telas”.
Gui Mazzoni, médico, artista plástico e fotógrafo mineiro comentou: “O Paulo é um amigo, meu professor de artes e é uma pessoa que eu admiro muito, visto que sua aula ocasiona uma discussão sobre a questão humana. Na verdade, a técnica, o desenho e a pintura surgem como meio de representação do nosso aprofundamento filosófico e acredito que a arte é a expressão metafórica da essência humana”.
“O Paulo traduz isso muito fortemente porque ele é uma pessoa muito filosófica e reflexiva, sendo que na percepção de sua obra, comecei a identificar alguns pontos muito relevantes. Por exemplo, o Paulo não utiliza a pintura em toda a sua tela e isso é muito interessante porque ele faz uma discussão sobre a importância do vazio, o que permite a conquista da forma, enriquecendo a obra. Suas telas possuem outra questão relevante quanto à conexão espiritual com outras pessoas e consigo mesmo. Percebo que conseguimos ter um equilíbrio humano, na medida que permitimos fazer algumas conexões”.
“E quando ele retrata fortemente as mãos entrelaçadas, me causa a sensação da percepção da colaboração entre as pessoas, visto que não existe um trabalho frutífero produzido sozinho. Considerando também a questão da interlocução e da inter-relação de várias mãos construindo algo para a sociedade. Normalmente temos a necessidade de colocar heróis e protagonistas em ações humanas, o que representa uma ficção. Se essa pessoa alcançou algo é porque tem uma estrutura coletiva que permitiu”, enfatiza Gui Mazzoni.”
Marcos Esteves, artista visual e curador, comentou: “O Paulo Apgáua é um artista sempre surpreendente, pois seus traços são inacabados, mas assertivos. As imagens aparecem como uma pintura minimalista, porém com muita personalidade, perspectiva e ação. Em seus quadros observamos o movimento das cores, que é uma marca registrada dele, que se apropriou das mesmas de uma maneira maravilhosa. O resultado é um trabalho riquíssimo e diferente de outros no mercado artístico”.
“Ressalto também sua história com a figura humana, visto que é uma expressão artística dificílima de pintar, assim ele apresenta rosto e, principalmente, uma linguagem corporal impressionante, sendo um dos melhores nesse quesito para mim”, finaliza Marcos Esteves.
A Exposição tem entrada gratuita de segunda a sexta das 8h às 21h e sábado e domingo das 8h às 18h.
Av. João Pinheiro 161, Centro BH.
Instagram @pauloapgaua
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