Coberturas
Encontro de Chefes incrementa cardápio do Restaurante Popular
Restaurante Popular (Rodoviária), 29/01/2014
Por Vítor Cruz
A Gastronomia mineira tem ganhado destaque na edição 2014 do Verão Arte Contemporânea (VAC 08). Além de eventos que promovem o resgate de receitas antigas, um das atrações mais esperadas ficou por conta do Encontro de Chefes, realizado na Unidade I Herbert de Souza, do Restaurante Popular, na quarta-feira, 29. Os pratos, servidos a R$, 2,00, ganharam um toque diferente no preparo e, principalmente, no sabor.
No cardápio, purê de inhame, linguiça de porco flambada com vinho branco e ora-pro-nóbis, salada de acelga, tomilho e azeite e suco de manga com cumaru. Combinações que, em qualquer outro dia, não entrariam no menu do Restaurante Popular. Mas a terça-feira era especial. O Encontro de Chefes, evento que integra a programação VAC 08, reuniu renomados chefes da capital mineira para uma experiência gastronômica inusitada.
Repetindo o sucesso da edição passada, também realizada no Restaurante Popular, os profissionais realizaram diferentes intervenções no preparo das refeições que servem, diariamente, quase três mil pessoas no horário do almoço. De acordo com o chefe Guilherme Melo “esse encontro é maravilhoso. Nós temos a chance de trabalhar com ingredientes comuns e acrescentar um ou outro tempero que fazem muita diferença para quem almoça aqui”, disse.
Linguiça de porco acebolada, arroz, feijão, inhame ensopado, salada de acelga com cenoura ralada faziam parte da refeição do dia. Com a intervenção dos chefes, o cardápio sofreu algumas alterações. O molho da linguiça de porco ganhou um toque de vinho branco para harmonizar com o sabor da ora-pro-nóbis. A salada foi temperada com tomilho e azeite e o suco de manga foi adoçado com açúcar caramelizado e um leve toque de cumaru, uma semente comum em Minas e São Paulo. Os ingredientes extras foram doados pelos próprios chefes.
Para a nutricionista responsável da Unidade I, Carolina Jardim, a intervenção dos chefes “quebra um pouco da nossa rotina de alimentação. Há ingredientes, o vinho, por exemplo, que nós não podemos usar, e também algumas ervas”, apontou. Camila ainda ressaltou a presença dos chefes no evento. Para ela, é uma “ótima chance para que os nossos cozinheiros aprendam alguns segredinhos e truques culinários”.
Foi o que aconteceu com o cozinheiro Gerson Guimarães. Responsável pela cozinha do restaurante, Gerson aprendeu alguns segredos com os chefes. “Eles deram dicas sobre como cortar melhor as folhas, a temperatura certa da água, coisas assim, que, pela correria do nosso dia, acabam passando desapercebidas”, apontou. Além das dicas, o cozinheiro também aproveitou a experiência de intervenção no cardápio. “Isso é muito divertido. A gente tem a chance de usar outros ingredientes, inventar um pouco na receita”, disse Gerson.
Comida da boa – A dona de casa Luzia Martins aproveitou a visita ao centro da cidade para provar a comida do restaurante popular. Com boas referências de amigos que já haviam almoçado no local, ela queria confirmar se as refeições eram merecedoras dos elogios. Para a surpresa de dona Luzia, a terça-feira foi um dia de cardápio especial. “O pessoal da portaria me disse que ia ter uma mudança no prato de hoje, uns chefes iam fazer uma comida diferente. Eu achei que ficou uma delícia. O purê de inhame estava bem gostoso”.
Já a diarista Maria Helena Santos, que frequenta regularmente a unidade, aprovou a ação. Segundo ela, “a comida do Restaurante Popular é ótima. Muitas pessoas ficam com preconceito de comer aqui, já que esse lugar recebe todo o tipo de gente. Mas comida gostosa e barata, a gente não encontra em qualquer lugar”, destacou. Acostumada às refeições do local, Maria Helena gostou das pequenas mudanças no paladar. “Eu achei excelente. Muito gostoso. Quem come aqui, todos os dias, com certeza vai notar um sabor especial. Sabor de carinho”.
O “carinho” citado por Maria Helena passou, literalmente, pelas mãos do chefe Eduardo Maya. Além de ter chegado ao restaurante por volta das 5h da manhã, ele fez questão de servir as refeições, ao lado dos funcionários do restaurante. “A função do cozinheiro é essa: servir as pessoas. Não importa se você faz um prato exótico ou trabalha com ingredientes mais simples. É o sorriso no rosto, aquela expressão de prazer e o muito obrigado nos olhos que fazem a nossa profissão valer a pena”, ressaltou.
Em fevereiro, é a vez da unidade IV, na região do Barreiro, receber o Encontro dos Chefes. Mais informações estão disponíveis no site oficial do Verão Arte Contemporânea: www.veraoarte.com.br
Fotos: Edy Fernandes
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