Coberturas
Lançamento do livro “Arquipélago” de autoria de Henrique German
Associação Mineira do Ministério Público, 12/03/2020
Por Luiza Miranda
Na Associação Mineira do Ministério Público, em Belo Horizonte, no dia 12 de março, ocorreu o lançamento do livro “Arquipélago”, escritor Henrique German, consagrando sua inserção no segmento literário. A Páginas Editora ficou a cargo da editoração, que conta com ilustrações da artista plástica Mariana Tavares.
A obra oferece ao leitor textos curtos apresentando uma narrativa agradável, espirituosa, dramática e profunda, propiciando uma degustação do conteúdo de forma aleatória, visto que os capítulos são independentes. É composta também por contos ilustrados por metáforas, pautadas em críticas do cotidiano e explanações sobre vivências do autor.
Natural de Belo Horizonte, o mineiro Henrique German é advogado e membro aposentado do Ministério Público de Minas Gerais e, após perder quase totalmente a visão devido a uma doença, em 2019, dedicou-se à arte literária. “Sou advogado atualmente, mas fiz uma carreira longa de quase três décadas completas dentro do Ministério Público de Minas Gerais. Fui promotor de Justiça, portanto, quase a vida inteira. Foi a minha vida profissional ou quase cem por cento dela dentro do Ministério Público”.
“Me aposentei no ano passado por invalidez em razão de uma doença que me tirou quase cem por cento da visão em ambos os olhos, me tornando cego para efeitos legais e pessoais. Assim tenho vivido nesses últimos tempos e, exatamente em razão dessa nova realidade que se instalou na minha vida, senti uma certa necessidade de escrever a respeito. Mas não de uma forma direta, não de uma forma objetiva, ou com precisão médica, com relatórios de acontecimentos”.
“A questão da cegueira perpassa a maior parte dos textos, nos quais faço uma abordagem literária da vivência arrebatadora e do que ela significa para mim. Assim como das sensações provocadas no meu corpo, mas sobretudo no espírito, sentimentos rudes, fortes e dolorosos muitas vezes. Mas eu digo que não é totalmente dessa maneira, por dois motivos, considerando o aspecto de adaptação à essa realidade e superação devido à minha fé, à existência da minha família e carinho dos amigos sempre presentes. Toda essa força externa me permitiu avançar para além do problema, também presente em partes do livro. Apresento pequenas pílulas na obra, que os leitores poderão engolir em pequenas doses, de forma que não seja algo pesado, maçante e aborrecido. Assim como outras pílulas, ilustradas por crônicas leves de observações do cotidiano, a fim de quebrar os sentimentos que a doença acarreta”.
“Daí surgiu o tema, “Arquipélago”, que são ilhas no mar da minha vida e também está relacionado à doença, que foi matando células das minhas retinas. Como morreram a maior parte delas, restaram “ilhas de visão”, que me permitem hoje expressar, nesses pequenos textos, como enxergo a vida e o mundo. Portanto, de um lado exponho o advento da doença na minha vida, mas o outro lado da moeda vislumbra a superação e a alegria de viver!”, concluiu Henrique.
Maria Ines Rodrigues de Souza, desembargadora e esposa de Henrique, salientou: “Com a aposentadoria, ele começou a escrever. Há muitos anos que observo, seja tecnicamente ou de forma literária, que sempre escreveu muito bem. Inclusive, quando os meninos eram pequenos, Henrique inventava estórias, cujos conteúdos e oratórias eram elogiadas por eles. Ele é muito bom escrevendo ou falando e nós o estimulamos bastante. Quando ele começou, escreveu o primeiro texto do livro, “Vou pela sombra”, sendo que meus filhos e eu ficamos emocionados. Dessa forma, o incentivamos a continuar, mas “como santo de casa não faz milagre”, posteriormente ele teve uma opinião de terceiro, o que o motivou a idealizar a publicação e o resultado vocês estão conhecendo neste lançamento”.
O livro está à venda no site da Amazon.com e pelo e-mail paginaseditora.com.br.
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