Coberturas
Academia Mineira de Letras convida a poeta Ângela Vieira Campos para o Universidade Livre
Academia Mineira de Letras, 26/03/2015
Por Patrícia Castellani
Em mesa formada por Elizabeth Rennó, Ângela Vieira Campos, Regina Mello, Olga Valeska Soares Coelho e Liliam Soier Nascimento, a Academia Mineira de Letras promoveu, através do Universidade Livre, encontro para discutir a importância da arte da poesia na escrita, leitura e experiência do indivíduo contemporâneo. O Universidade Livre, sob a coordenação da acadêmica Elizabeth Rennó, é um projeto da AML que acontece às quintas-feiras no Auditório Vivaldi Moreira, às 17 horas, e traz a cada semana convidados para discutir assuntos de diversos campos das ciências humanas, literatura e arte. Os encontros tem entrada gratuita.
A palestrante desta semana foi Ângela Vieira Campos, natural de Belo Horizonte, professora e pesquisadora do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET/MG, Doutora em Letras pela Universidade Federal de Juiz de Fora e Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais.
Ângela destacou em sua fala a importância da palavra no desenvolvimento humano e disse que “a poesia, em suas inúmeras manifestações, poema, música, pintura, escultura, dança, performances, mostra-se sempre como um convite à reflexão sobre nós mesmos, sobre nosso estar no mundo, ou seja, em nossas múltiplas relações, em nossos inúmeros papeis sociais, em nossas representações”. Citando poetas como Alberto Caeiro e Carlos Drummond de Andrade, o tema poesia foi tratado como um convite a desvendar a escrita poética sob um aspecto intimista e aprofundado sobre as relações do ser com seu universo. “O poético como uma praça de convites”, lugar para refletir. “Eu não faço distinção entre poesia e vida... Todo espaço é poético, basta que a gente tenha força para olhá-lo desta forma”, afirmou a poeta.
Autora e convidadas comentaram o livro de poemas de Ângela, “Sendas no silêncio”, publicado em novembro do ano passado pela Coleção do Museu Nacional da Poesia, com a leitura de trechos da obra. “Sendas no silêncio” é um trabalho que evidencia uma construção de linguagem que aponta para a própria insuficiência, para seus indizíveis, para o murmúrio, uma travessia em que o texto poético deixa expostas suas superfícies de silêncio. No prefácio do livro, Olga Valeska escreve: “Cada parte do livro evoca experiências e sensações que afetam um corpo que transmuta do fogo ao barro sem se deixar fixar em nenhuma forma definitiva... “Sendas no Silêncio” sustenta um sopro peregrino que tem como ponto de partida um corpo amoroso que se abre para um espaço além do si mesmo”.
A diretora presidente do Museu Nacional da Poesia – MUNAP, Regina Mello, apresentou ainda a coleção de obras poéticas editadas pelo museu, composta de autores de diversos locais do país, e convidou os presentes a participar do projeto Sementes de Poesia que acontece no Parque Municipal Américo Renê Giannetti, sempre no terceiro domingo de cada mês, das dez ao meio dia, e é espaço aberto para os amantes da poesia.
Participaram do evento escritores, estudantes e membros da Academia.
Fotos: Karine Scarabelli
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