Coberturas
Projeto “Mãe de Prematuro Memorarce” lança vídeo com relatos emocionantes
Pampulha Garden, 10/05/2018
Por Ivana Andrade
Da descoberta da gravidez ao momento mágico do nascimento são muitas expectativas, incertezas e emoções para os pais. E um dos fatos que ocorrem e surpreendem nesse período é a chegada antecipada do bebê. O Brasil está entre dez países com maiores números de partos prematuros, de acordo com estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS). E como forma de apoiar as famílias a lidarem com essa situação foi criado o “Mãe de Prematuro Memorarce” que teve início na noite de quinta (10), no Pampulha Garden, com o lançamento de um vídeo emocionante que traz histórias de mães que passaram por essa difícil realidade.
O projeto, de cunho voluntário, foi idealizado por Rúbia Arce (Memorarce - empresa especializada em resgatar e eternizar as histórias de vida das pessoas) em parceria com Ana Cristina Mazeo Rabelo (Ana Mazeo Fotografia) e Júnia Carvalho (Pampulha Garden).
“O Mãe de Prematuro Memorarce” vem para amparar essas mães em tudo o que precisam. O vídeo servirá de inspiração para outras mulheres que passam ou passaram por isso. Ou seja, os momentos de lutas de cada fase de vida junto ao filho saudável ou que teve sequelas. Nosso objetivo é que o vídeo alcance o maior número possível de mães”, explica Rúbia Arce. Ela acrescenta que o material audiovisual estará disponível no site do Memorarce.
As mães que fizeram relatos no vídeo, Jéssica Mara Soares Silva Oliveira, Lidiane Moura Bras, Loren Anastácia Melo Santos, Carolina Cássia Barbosa de Paula, Neusa Ferreira e Flavia Lorena Martins Felipe, estavam presentes no evento e se emocionaram com o resultado do projeto. Apesar das histórias relatadas serem diferentes, tinham em comum os momentos de medo, angústia com os filhos na UTI, fé, esperança e superação. Algumas, inclusive, perderam filhos prematuros (nascidos antes da 37ª semana da gestação).
“Por mais difícil que seja a situação, as mães têm de ter fé. A gente acha que essa fase não vai passar, mas a gente consegue superar isso. Eu, por exemplo, orava com minha filha e falava para ela o quanto era guerreira. Hoje, ela está aqui e me sinto honrada em participar desse projeto”, disse Lidiane Moura Braz, mãe de Rebeca, que nasceu com 26 semanas.
Para Loren Santos ser mãe de gêmeas prematuras também foi um momento delicado, mas de muitas lutas e aceitação. “Hoje minhas filhas, que nasceram com 28 semanas de gestação, têm dois anos. A Helena ficou 63 dias na UTI e a Alice 130 dias na UTI e teve duas paradas cardíacas e fomos informados que ela teve paralisia cerebral e Síndrome de West, forma de epilepsia.Apesar de tudo, sou abençoada em poder aprender com as lutas diferentes de cada uma delas”.
Além do vídeo, foram feitas sessões de fotos da mães que participaram do projeto. Algumas estavam expostas na mesa de coffe break do evento. As fotografias, de autoria de Ana Mazeo, foram feitas durante as gravações no Pampulha Garden. Tanto para Júnia Carvalho, que cedeu espaço para a realização do evento, quanto para a fotógrafa Ana Mazeo, a participação do “Mãe de Prematuro Memorarce” foi gratificante.
Para a pediatra dos hospitais Sofia Feldman e Vila da Serra, Raquel Lima, palestrante do evento, ressaltou a importância de se ter uma rede de apoio às mães de prematuros que envolva profissionais de saúde, familiares e amigos. “Na verdade os cuidados começam antes dos filhos nascerem. Eles são ampliados quando as crianças nascem prematuras. Quando vão para a UTI as mães já começam a receber informações para sanar as dúvidas e apoio psicosocial. Ao passar por esse processo, volta para a casa exausta e tem de iniciar novo processo de cuidados especiais com a criança”.
De acordo com Rúbia Arce a intenção é dar continuidade ao “Mãe de Prematuro Memorarce”. “Vamos estudar novas ações voluntárias. O vídeo foi o primeiro passo”.
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