Coberturas
A artista plástica Jacqueline Sebe inaugura exposição na Maison Galeria de Arte
Maison Escola e Galeria de Arte, 18/05/2016
Por Luiza Miranda
O vernissage de Jaqueline Sebe movimentou o São Bento, ao reunir na Maison Escola e Galeria de Arte, no dia 18 de maio, um grupo de artistas, amigos e imprensa, que prestigiaram sua nova exposição individual, intitulada “Pollyanna”, cuja curadoria ficou a cargo de Wagner Nardy.
A artista adota em suas obras a encáustica, uma técnica milenar usada por poucos na contemporaneidade, sendo o fio condutor de todo seu processo de criação. Na antiguidade, esse método foi utilizado em sarcófagos no Egito e atualmente é empregado na pintura. A cera é a matéria prima com a qual são elaboradas as obras, unindo pigmentos e propiciando resistência.
Jacqueline, que viveu mais de 20 anos fora do Brasil, entre a Europa e os Estados Unidos, aprimorou em sua arte em viagens, numa constante troca de experiências com artistas e profissionais de diversos lugares do mundo, aprofundando o tema da encáustica. De acordo com a artista é uma técnica que precisa ser redescoberta, pois apresenta a possibilidade de brincar com a expressão artística simples. Um trabalho que confere dureza à mulher pode ser permeado de ternura, carinho e feminilidade do bordado ou ferro de uma construção que a metodologia abraça.
“Não precisamos de produtos industrializados hoje, pois a encáustica, trabalhada com a seiva da árvore, com seu verniz endurecedor e maleabilidade da cera da abelha estarão em consonância com todos os outros materiais a serem utilizados nas obras de arte. O evento de hoje foi um carinho com as presenças dos mestres Glauco Moraes, Yara Tupinambá, Castanõ e outras pessoas muito queridas. Descobri que o Brasil necessita de mulheres fortes que mostrem artes simples, como do bordado, costura e outras, assim como aprendermos a trabalhar com o que temos em mãos. Eu queria trazer para este evento a premissa: Meninas vamos mudar nosso conceito e trabalhar com a nossa arte, descubra a técnica que está dentro de você, ponha sua digital em sua obra”, concluiu Jacqueline.
O nome da mostra é uma alusão ao livro homônimo do escritor Eleanor H. Porter, considerado um clássico da literatura infanto-juvenil. Assim como a menina órfã do livro, Jacqueline tenta praticar o "jogo do contente", que consiste em extrair algo de bom e positivo mesmo nas coisas aparentemente desagradáveis.
Cecília Sebe, A Chef de Cuisine, filha de Jacqueline que encantou a todos com o bufê servido durante o coquetel, comentou: “O menu selecionado para a ocasião foi pautado em fazermos algo diferente, inovar na decoração da mesa, dos canapés e salgados. Ao mesmo tempo procuramos valorizar os ingredientes mineiros, casando os mesmos com outros produtos nobres da gastronomia, misturando texturas e sabores. Optamos também por alimentos veganos, sem lactose ou grãos, a fim de valorizar o cardápio e atender todos os paladares”.
A artista plástica Vera Lúcia Mechetti falou sobre a exposição: “O trabalho da Jacque é maravilhoso e fiquei apaixonado pelo resultado, visto que também é uma novidade para os presentes. A técnica que ela utilizou hoje é diferente e estamos aprendendo a respeito. Um grande diferencial é a não utilização de produtos industrializados, contribuindo dessa maneira para o meio ambiente. Estar presente ao lado de amigos, que ficaram encantados com a mostra, foi algo maravilhoso e um grande aprendizado”.
Com entrada franca, o público pode conferir as obras até o dia 18 de junho.
Fotos: Adriana Pimenta
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