Coberturas

No auditório da Cemig foi realizada a nova edição do “Sempre Um Papo”, promovida e conduzida pelo jornalista Afonso Borges, no dia 06 de junho, com a presença do jornalista e escritor mineiro Roberto Lima, que comentou sobre o lançamento do seu novo livro, “Papoulas de Kandahar”.

O evento contou com a presença de grande público, jornalistas, escritores, artistas e músicos consagrados, entre eles, Celso Adolfo, Túlio Mourão, Ladston Nascimento, Ozório Couto, Eduardo Filizzola, Paulinho Pedra Azul e Flávio Venturini, Rogério Zola Santiago e Marcelo Prates.

O escritor nasceu no município de Pedra Corrida (MG) e partiu para os EUA em 1984, trabalhando em diversas funções, antes de dedicar-se exclusivamente à sua paixão: o jornalismo. Criou o Brazilian Voice, que em pouco tempo foi considerado o principal veículo de comunicação em língua portuguesa entre os imigrantes brasileiros da região nordeste do país.

A obra contempla uma coletânea de crônicas e narra experiências vividas pelo autor mineiro nos últimos três anos e, segundo Celso Adolfo, reflete por partes, fatores de sua personalidade, do mundo físico que ele habita e do seu mundo mental.

O músico mineiro, Celso Adolfo, responsável pelo prefácio do livro, ressaltou que conheceu Roberto em 1990, assim como seu gosto pela escrita e a criação através de muita luta, nos Estados Unidos, do jornal Brazilian Voice, onde o autor escrevia com apoio de amigos de lá e daqui. O músico participou, inclusive, do início dessa jornada, contribuindo também para distribuir os exemplares no local.

“Minhas apresentações nos EUA foram intermediadas por Roberto, visto que sempre estamos em contato devido estarmos na mesma sintonia quanto aos pensamentos e a literatura. Sempre falei sobre o fato de que ele deveria escrever um livro que contasse suas passagens em terras estrangeiras Tive a grata surpresa de ter sido escolhido para elaborar o prefácio de sua última obra, embora o meu papel sempre fosse o de leitor, de fazer músicas e de tocar um instrumento, mas o fiz porque os pedidos dos amigos devem ser atendidos. O Roberto não é fantasista, não é ficcionista, ele trata a realidade poeticamente e a companhia dele ao lado do que escreve, complementa a escrita. Considerando o fato de trilharmos diversos caminhos juntos, não consigo ver os textos sem imaginá-lo por perto, pois a obra escrita nesse caso, não deve prescindir da presença do autor, visto que se complementam”, considerou Celso.

Criado em 1986, por Afonso Borges, o “Sempre Um Papo” é reconhecido como um dos programas culturais de maior credibilidade do País. Sendo que sua história ultrapassou os limites de Belo Horizonte e chegou a 30 cidades, em oito estados da Federação, além do Distrito Federal e na Europa. Com o tempo, vieram outros projetos que visam o incentivo à leitura e permitem a associação entre cultura, educação e responsabilidade social.