Coberturas

O Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG) fez belíssima homenagem à Diocese de Luz pelo seu centenário de criação, que se dará no dia 8 de julho. A seção histórica foi realizada no sábado, 09 deste mês de junho, às 10 horas, na sede do Instituto, à rua Guajajaras, 1268, esquina com praça Raul Soares, no Edifício JK 1, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte. Cerimonial de João Linhares.

A Banda da Lyra Vicentina Aterradense, maestro Fabiano Botinha, abrilhantou o evento e fez um concerto na calçada, ao lado da entrada do IHG, encantando convidados e a todos que passavam pelo local. O presidente, desembargador Aluízio Alberto da Cruz Quintão (Cadeira n. 73, patrono: inconfidente José de Resende Costa) abriu a solenidade convidando os presentes para, em posição de respeito, ouvir o Hino Nacional, executado pela Banda da Lyra Vicentina Aterradense. Fizeram parte da Mesa o presidente, o secretário-geral, Dr. Joaquim Cabral Neto (Cad. n. 40, conde Afonso Celso), o 1º vice-presidente, Dr. Luiz Carlos Abrita (Cad. n. 82, senador Levindo Coelho) o bispo diocesano Dom José Aristeu, o associado Adalberto Andrade Mateus (Cad. n. 33, Bernardo Pereira Vasconcelos), representando o secretário de Estado de Cultura, jornalista Ângelo Oswaldo, o associado tenente-coronel Adalberto Guimarães Menezes (Cad. n. 72, Joaquim José da Silva Xavier), nascido em Luz, Dr. Antônio Carlos de Oliveira Corrêa (Cad. n.90, Visconde de Porto Seguro). A professora Regina Almeida (Cad. n. 95, Antônio Olyntho dos Santos Pires) e o Vice-Prefeito de Luz, Antônio Carlos Xavier.

Após o Hino o secretário-geral leu as palavras de ordem e de praxe. Em seguida, o presidente Aluízio Quintão fez o discurso de homenagem à Diocese pelos seus 100 anos, exaltando-a e contando um pouco da história desde a instalação em 8 de julho de 1918, como Diocese de Aterrado. Lembrou dos amigos luzenses com quem teve grande amizade e que pertenceram ao IHGMG, Casa de João Pinheiro, notadamente Dom Belchior Joaquim da Silva Neto, o segundo bispo da Diocese, escritor, poeta, criador do seminário diocesano e do Ministério da Eucaristia, entre outros, e responsável pela mudança do nome de Diocese de Aterrado para Diocese de Luz, em 1960, quando era bispo coadjutor; do padre Tobias Zico, irmão de Dom Belchior, contando casos do Caraça, os dois em memória, e do padre Célio Del’Amore, associados correspondentes, e do jornalista Djalma Alves de Azevedo, associado efetivo, também em memória, cujas filhas, Cássia e Antônia.

A turma da Seresta de Luz, com Geraldo Ferreira do Nascimento, nosso querido Geraldo “Leitoa”, no violão, e composta por doze cantores, também foi alvo de muitos aplausos e colaborou para abrilhantar o importante evento, executando canções do cinquentenário e do centenário, entre outras, da Diocese, cujos momentos foram correspondidos pelo auditório lotado. No segundo momento mais significativo da cerimônia foi a fala do bispo diocesano Dom José Aristeu. Emocionado, fez um discurso nobre e à altura dos cem anos de uma das instituições da Igreja Católica mais importante do Brasil: a Diocese de Luz. Exaltou Padre Parreiras e Dom Manuel. Memorizou a história num contexto fácil de entender e muito rico para a posteridade. Foi delicado ao lembrar-se dos associados luzenses que fazem parte do IHGMG, uma pequena cidade que conta hoje com cinco membros naquele magno sodalício de 110 anos, uma casa que preserva não só a História, mas a geografia e a cultura de Minas e do Brasil. Citou o Dr. Iácones Batista Vargas (Cad. n. 96, Sebastião de Affonseca e Silva), o Dr. Ozório José Araújo do Couto (Cad. n. 42, José Joaquim da Rocha), a Dra. Gilda de Castro Rodrigues (Cad. n. 27, Victor Renault), o coronel Adalberto Guimarães Menezes (Cad. n. 72, Joaquim José da Silva Xavier), Dr. Antônio Carlos de Oliveira Corrêa (Cad. n. 90, Visconde de Porto Seguro), Padre Célio Del' Amore ea jornalista e professora Cândida Corrêa Côrtes Carvalho. Seu discurso, assim como o do presidente da Instituição, ficará nos anais da História não só da Diocese e de Luz mas do próprio IHGMG. Emocionado, Dom José Aristeu foi aplaudido de pé por um longo período.

O terceiro momento mais digno da cerimônia foi a entrega da Medalha Comemorativa do Centenário da Diocese de Luz, que será entregue pelo IHGMG e pela Diocese de Luz a trezentas (numeradas de 001 a 300) personalidades da Igreja e da sociedade. O presidente Aluízio Quintão, juntamente com Dom José Aristeu, fez o lançamento solene da Medalha, cujo parecer técnico foi lido e muito bem explicado pelo desembargador Marcos Henrique Caldeira Brant (Cad. n. 59, Marquês de Barbacena), mentor da comenda. No primeiro ato foram entregues exemplares à Diocese de Luz e ao Instituto Histórico e Geográfico mineiro, ao presidente do IHGMG, Dr. Aluízio Alberto da Cruz Quintão, ao bispo diocesano Dom José Aristeu, ao Município de Luz, representado pelo vice-prefeito, Antônio Carlos Xavier, à Câmara Municipal de Luz, representada pelo seu vice-presidente, Aldair Paula Duarte (Preto), aos associados luzenses, coronel Adalberto Guimarães Menezes, Ozório José Araújo do Couto, Gilda de Castro Rodrigues, Iácones Batista Vargas (que cooperou com o presidente na organização do evento), e em memória, Djalma Alves de Azevedo, Represntado pelas filhas Cássia Maria e Maria Antônia Dinelli Azevedo.

Também receberam José Orsini Oliveira Leite, Êda de Oliveira Freitas (presidente da Associação Cultural Brasil/França Casa Grande Capitão Du) e o juiz de Direito na Comarca de Divinópolis, Dr. José Antônio Maciel. Do IHGMG, Adalberto Andrade Mateus, Marcos Henrique Caldeira Brant e a 2ª vice-presidente, professora Regina Almeida (Cad. n. 95, Antônio Olyntho dos Santos Pires), como colaboradores da Medalha.

O presidente Aluízio Quintão terminou a cerimônia, também emocionado, e o Grupo de Seresta Santa Felicidade fez a última apresentação com pompa. Seguiu-se um congraçamento com laudo coquetel preparado pela Sônia Bufê, regado a vinho e produtos luzenses, como queijos e paçocas, que fizeram grande sucesso.

Para ilustrar, o Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG) conta com uma biblioteca cujo acervo compõe-se de cerca de 30 mil livros, com destaque para a História de Minas Gerais. Dispõe ainda, de primorosa mapoteca, constituída por 723 preciosos mapas históricos e geográficos, e documentos raros, como relacionados à Inconfidência, assim como objetos de arte e móveis antigos. Possui auditório com 145 poltronas.