Coberturas
Exposição “Vida, arte, e sensibilidade entalhada em madeira”
Mercadão Internacional de Lagoa Santa, 09/06/2023
Por Inês Marzano
Na última sexta-feira, dia 9 de junho, a Galeria Artesano, situada no Mercadão Internacional de Lagoa Santa, recebeu a exposição individual Vida, Arte e Sensibilidade em Madeira, do talentoso escultor Celso Vieira. Com a curadoria de Lucilene Bredoff, a mostra apresentou uma impressionante coleção de obras de arte que encantaram os presentes.
A exposição revelou a maestria de Celso Vieira ao transformar matérias-primas em verdadeiras obras-primas. Utilizando especialmente as madeiras maciças, o escultor criou peças de arte únicas que demonstram seu talento excepcional e sua criatividade notória. Cada escultura exibia um estilo singular e contava histórias envolventes, revelando a paixão e dedicação de Vieira em sua arte.
A abertura do evento foi marcada por uma atmosfera vibrante, com a presença de admiradores da arte, artistas plásticos, jornalistas e entusiastas da escultura. O Mercadão Internacional de Lagoa Santa, conhecido por seu papel como importante centro cultural na região, proporcionou o ambiente perfeito para a apreciação das obras.
Lucilene Bredoff ressaltou como a exposição revela a alma do artista e destacou a seleção minuciosa das esculturas, além da importância de compartilhar o trabalho de Celso Vieira com o público. “Estou encantada com tanto talento. No meu ponto de vista, ele é um grandioso designer brasileiro, além de artista e escultor. Nosso objetivo, juntamente com o Mercadão Internacional, na Galeria Artesano, é revelar ao público a sensibilidade do olhar por meio das suas graciosas esculturas, não somente para ver mas também para apreciar e conhecer toda a sua trajetória de vida”, diz a produtora de arte.
Durante a exposição, os visitantes tiveram a oportunidade de explorar as texturas, formas e significados por trás de cada escultura. Além disso, houve uma interação com Celso Vieira, na qual ele compartilhou sua inspiração artística e seu processo de criação, proporcionando um maior entendimento das suas obras.
A exposição individual de Celso Vieira na Galeria Artesano, dentro do Mercadão Internacional de Lagoa Santa, foi um evento muito marcante, proporcionando aos espectadores uma experiência imersiva no mundo da escultura contemporânea. A habilidade técnica de Vieira e a sensibilidade de suas obras fizeram toda a diferença na 2ª mostra de arte da galeria.
Conforme Alexandre Mollo, gestor do Mercadão Internacional, é uma honra receber as obras do famoso artista local, com renome nacional e internacional. “A mostra de Celso Vieira reforça para a população de Lagoa Santa a veia cultural que o Mercadão representa para a cidade, tendo recebido inclusive em janeiro o título de patrimônio de polo turístico, gastronômico e cultural”, afirma.
Já para Edi Wilson, diretor de eventos e novos negócios, a segunda edição de mostras apresenta obras de um artista de renome, uma vez que possui uma obra icônica, sendo a escultura de Peter Lund que se encontra na Dinamarca. “Estamos muito felizes com esta exposição de Celso Vieira, pois no mês de junho receberemos uma comitiva da Dinamarca na cidade de Lagoa Santa, em função do network e conexões desta maravilhosa mostra de esculturas na Galeria Artesano no Mercadão Internacional de Lagoa Santa”, comemora.
Celso Vieira
Cidadão ilustre de Lagoa Santa, Celso Vieira nasceu em 1944. Filho de dona Maria Vieira dos Santos e do carpinteiro Raimundo Marinho do Santos, nascido em Vespasiano. Envolvido com a madeira desde os oito anos de idade, já fazia carrinhos de madeira.
Aos 24 anos de idade casou-se com a dona Neusa e, diante de uma necessidade financeira, começou a trabalhar na roça com enxada e carregando lenha. Dona Neusa ia completar 16 anos quando se casaram e três dias depois foram trabalhar na lenheira.
O casal teve 11 filhos e hoje já perdeu a conta da quantidade dos descendentes das terceira e quarta gerações, mas estimam que tenham 20 netos e seis bisnetos.
Trabalhando no Lenheiro, Celso começou a viver o seu processo criativo. Diante de uma necessidade da dona Neusa de ter um pilão para socar alho, ele desenvolveu um socador e disse para a esposa: “Descobri o meu dom.’’ Iniciava assim, a grande história do artista Celso Vieira de Minas para o Mundo.
O artista transforma a madeira na mais pura expressão que desenvolve dentro da sua cabeça por meio do seu processo criativo como um dom Divino. Sua família é seu alicerce, seu porto seguro. Extremamente amoroso, ele carrega no peito seu eterno amor pela dona Neusa, expresso em uma tatuagem com a imagem de sua amada.
Suas esculturas vão desde artistas famosos, imagens de santos, animais e grandes monumentos, mesas e cadeiras de design, criadas em madeiras de peroba, jequitibá, Jacarandá, Ipê e outros. Todas essas obras são assinadas por Celso Vieira, escultor brasileiro da cidade de Lagoa Santa, em Minas Gerais.
São várias as obras do artista apresentadas em diversas exposições pelo Brasil. A escultura do pai da paleontologia brasileira, Peter Wilhelm Lund, conhecido como Peter Lund, foi um marco na sua carreira. Esculpida no tronco de um pequizeiro, a obra foi doada pelo artista a um museu da Dinamarca, país de Lund. Celso recebeu na época, em sua residência, o cônsul do país para um agradecimento especial pela obra que, em seguida, foi encaminhada para o museu, em Copenhagen.
Celso, aos 79 anos, segue extremamente criativo e produtivo. Está trabalhando em sua nova obra, a escultura de São Miguel Arcanjo, com a obra quase pronta.
Ao longo dos anos, o artista foi construindo um museu em sua residência, que atualmente abriga diversas obras, verdadeiras relíquias, um tesouro em madeira com muitas histórias, cada uma com sua individualidade. São peças com mais de 20, 30, 40 anos, que, agora estão expostas para o público na Galeria Artesano no Mercadão Internacional de Lagoa Santa.
Celso Vieira, artista autodidata, afirma que tudo que conquistou só foi possível graças ao apoio de sua companheira Neusa que o incentivou e o tornou o grande artista que é. “Esta exposição é uma porta que se abriu para mim e minha família na cidade de Lagoa Santa. Tenho muito a agradecer também a Lucilene Bredoff e ao Edi Wilson que proporcionaram a apresentação das minhas esculturas de madeiras de lei como Jacarandá, Cedro, Mogno, entre outras madeiras especiais”, conclui.
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