Coberturas
Prêmio Eduardo Frieiro é entregue a personalidades da gastronomia mineira
Prefeitura de Belo Horizonte, 04/07/2019
Por Paula Alves
As particularidades da cozinha mineira têm ganhado cada vez mais destaque mundo afora. São muitos os personagens que dão vida (e sabor) à gastronomia do Estado. Neste ano, como parte da programação da 5ª Semana da Gastronomia Mineira, alguns deles foram homenageados no Prêmio Eduardo Frieiro.
Em solenidade realizada na Prefeitura de Belo Horizonte, Fabiano Zica, presidente do Instituto Eduardo Frieiro, destacou que o objetivo do prêmio é agraciar pessoas e instituições de todo o Estado que mantêm a memória da culinária mineira e a promovem por meio de ações de destaque. “A ideia é trazer para o nosso dia a dia um pouquinho de glamour para aquilo que acontece de forma alquímica e maravilhosa nas cozinhas de Minas Gerais”, disse.
Gilberto Castro, presidente da Belotur, fez questão de lembrar que a capital conta com mais de 70 eventos gastronômicos, uma cadeia produtiva que gera 54 mil postos de trabalho, movimentando cerca de 4,5 bilhões ao ano. “É muito importante ver todos juntos por uma mesma causa, e esse, talvez, seja o segredo para termos caminhado tanto nos últimos anos”. Ele ainda destacou a candidatura da capital mineira ao título de Cidade Criativa da Unesco, na categoria gastronomia. “Estamos muito confiantes de que seremos vencedores”.
Marcelo Matte, secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, mencionou que o café, o queijo, o azeite e tantos outros produtos mineiros estão recebendo certificações e premiações internacionais. “Esse é um ativo a ser explorado, e contribuirá para a diversificação da base econômica, que, historicamente, é pautada em commodities de baixo valor agregado. Sem dúvida: a principal ferramenta de promoção da cultura e do turismo de Minas é a gastronomia”, pontuou ele.
E se a pauta é gastronomia, é imperativo trazer à tona antes de qualquer coisa as contribuições de dona Lucinha, que faleceu este ano após décadas intensas de entrega à cozinha de Minas. Na cerimônia, seu nome foi lembrado e bastante aplaudido.
Abaixo, você confere as personalidades premiadas este ano no Prêmio Eduardo Frieiro:
- Mercado Central. E não é para menos. São oito décadas em plena atividade, aberto de domingo a domingo. Mensalmente, o lugar recebe 1,2 milhão de visitantes;
- Chef Edson Puiati, quem incansavelmente enriquece a cultura gastronômica do Estado;
- Antônio Augusto Marcellini: homenageado por ter sido o presidente e fundador da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Nacional e criador do grupo Era uma vez um Chalezinho;
- Ricardo Rodrigues, do restaurante Maria das Tranças, único estabelecimento a ter autorização sanitária para a produção de frango a molho pardo;
- Ivo Faria, do restaurante Vecchio Sogno. Com mais de cinco anos de profissão, foi premiado como “personalidade da gastronomia” pela revista Prazeres da Mesa;
- Ivair Oliveira, do Queijo do Ivair. Reconhecido pela excelência na produção queijeira, ganhou medalha super ouro no Mondial du Fromage, maior premiação de queijos do mundo;
- Anna Marina, do jornal Estado de Minas. Jornalista, é pioneira em apoiar em incentivar matérias jornalísticas sobre gastronomia em jornais impressos;
- Felipe Risola e Marcelo Haddad, do Circuito Gastronômico da Pampulha, que comemora uma década este ano;
- Arnaldo Ribeiro, da Queijaria Vale da Gurita, que também recebeu a medalha super ouro no Mondial du Fromage;
- Moacir Carvalho, da Fazenda Irarema. É destaque na produção de azeites de alta qualidade na única fazenda movida integralmente a energia solar;
- Débora Rabelo, do Café Abraço. Empreendedora, é destaque no trabalho de agroecologia e orgânicos;
- André Sá Fortes, da Yvi Destilaria. Criador do gim mineiro Yvi, foi homenageado pela pesquisa e inovação dos terroirs nacionais com os lançamentos da coleção “Biomas brasileiros”;
- Sebastiana de Oliveira Faria. Homenageada, em 2017, no Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, na categoria “café cereja”. Também recebeu, no mesmo ano, a medalha Mulher Empreendedora do Café. Coleciona mais de dez prêmios pela qualidade de seu café;
- Jair Batista de Oliveira, um dos comerciantes mais antigos do Mercado;
- Daniel Neto, o “Nenel”, do blog Baixa Gastronomia. Jornalista, divulga a cultura alimentar popular da capital mineira;
- André Paixão, Alessandro Fontenelle e Túlio Silva, da cervejaria Verace, que recebeu sete medalhas no Concurso Brasileiro de Cervejas este ano e foi a cerveja oficial do Guia Michelin, em São Paulo;
- Leila do Carmo e Margarida Maria, do Sítio da Serra Cafés. Homenageadas pelos prêmios recebidos em concursos regionais, pelo selo Certifica Minas desde 2011 e, também, pela edição especial do produto em homenagem às mulheres;
- Silmar de Castro Mota, do Santuário do Mergulhão. Também recebeu a medalha super ouro no Mondial du Fromage;
- Cleusa Silva e Ludmila Campos, do restaurante Tip Top, que resiste há 90 anos e teve em sua administração somente mulheres;
- Elizabeth das Dores, do “Beth dos licores e doces”. Produz de maneira agroecológica, artesanal e sustentável, sendo reconhecida nacionalmente;
- Lucas, Antônio, Gabriel, Raí e Rodolfo, da limonada mais famosa do Mercado, quiçá de Belo Horizonte. O negócio existe desde 1938 e, atualmente, é comandado pela terceira geração da família;
- João Lúcio e Luiz Fernando, as personalidades por trás do Café Palhares. Nada menos que 81 anos de história e um dos pratos mais famosos da capital, o kaol.
Até o dia 31 de julho o público poderá participar de oficinas, demonstrações culinárias e intervenções cênicas, gastronomia temática em restaurantes, feira de agricultura, entre outras atividades, em vários cantos da capital e região.
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