Coberturas
Palácio das Artes apresenta exposição de obras raras
Galeria Alberto da Veiga Guignard, 08/07/2019
Por Inês Marzano
Aconteceu na manhã dessa segunda-feira (08/07), um brunch com a coletiva de imprensa na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, no Palacio das Artes. Jornalistas e repórteres fotográficos puderam contemplar em primeira mão, as obras da Coleção Itaú Cultural, na mostra Narrativas em Processo: Livros de Artista. A exposição reúne um conjunto de 46 obras do acervo de 125 do Itaú, que abarcam 84 anos de confecção deste tipo de livro por artistas brasileiros, na transição entre o moderno e o contemporâneo.
A curadoria é de Felipe Scovino, o projeto expográfico de Marcus Vinicius Santos e idealização do núcleo de Artes Visuais do Itaú Cultural.
“O campo de experimentações é bastante substancial. A criação de novos procedimentos para a concepção de livros de artista traz diversas relações para o leitor”, avalia Scovino. Uma delas, de acordo com o curador, é a pluralidade de ações não só com a literatura e com as artes visuais, como também com o design, a política e em alguns momentos com a música. “Também se verifica uma leitura que não se esgota, que se desdobra redefinindo o papel do livro, do leitor e do artista”, considera.
Narrativas em Processo já foi exibida em São Paulo, no Itaú Cultural; em Ribeirão Preto, no Instituto Figueiredo Ferraz; e em Curitiba, no Museu Oscar Niemeyer. Em cada cidade, a escolha e recorte das obras e seções sofreram mudanças. No Palácio das Artes a mostra chega renovada, com foco em artistas brasileiros e suas respectivas épocas e estilos.
Em Belo Horizonte, a mostra se desdobra em seis núcleos - Paisagens, Rasuras, Livros-objetos, Uma escrita em branco, Álbuns de gravura e Design gráfico: um breve panorama sobre ilustrações no Brasil.
O núcleo Rasuras, destacado pelos espectadores, apresenta livros que, ao receber intervenção plástica, tem a sua função semântica ampliada. As obras não respeitam o jogo de uma narrativa linear, a escrita não precisa ser compreendida e o que importa é a mensagem final, que tem um certo grau de violência e gestualidade. Em Balada (1995) de Nuno Ramos, o livro espesso e de capa dura não contém palavras, mas sim uma perfuração profunda à bala transpassando-o brutalmente, do começo ao fim, servindo como o único signo de leitura da obra.
Coleção Itaú
Para a gerente de artes da Fundação Clovis Salgado Uiara Azevedo, a parceria com o Itaú Cultural promove um diálogo maior com o público, além de fomentar, difundir e trazer uma linguagem mais ampla. “O Itaú possui um público diversificado, trazendo para o evento mais aproximação e multiplicidade, um cenário importante da produção”, disse.
A coleção Itaú atualmente é formada por mais de 13 mil itens reunindo pinturas, gravuras, esculturas, fotografias, filmes, vídeos, instalações, edições raras de obras literárias, moedas, medalhas e outras peças. Trata-se da oitava maior coleção corporativa do mundo e a primeira da América do Sul. As obras ficam instaladas nos prédios administrativos e nas agências no Brasil e em escritórios no exterior. Recortes selecionados são organizados pelo Itaú Cultural em exposições no instituto e exibidas em itinerâncias com instituições parceiras pelo Brasil e no exterior, de modo que todo o público tenha acesso a elas.
A exposição Narrativas em Processo: Livros de Artista da Coleção Itaú Cultural, terá a sua abertura no dia 09 de julho a poderá ser vista pelo público de 10 de julho a 29 de setembro, a entrada é franca.
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