Coberturas

O hipercentro da capital mineira foi a grande inspiração para a 7ª edição da Modernos Eternos de 2022.  A mostra foi realizada no prédio do P7 Criativo, em plena Praça Sete, situada na Rua Rio de Janeiro, 471.  Sendo o primeiro arranha-céu modernista projetado por Oscar Niemeyer, o espaço foi completamente restaurado e abrigou até neste domingo (10/07) o melhor do design e decoração contemporânea, além de atividades de artes, moda, história, gastronomia e entretenimento.

As histórias e lembranças dos belo-horizotinos foram evocadas com um estado de memória afetiva aos  visitantes através da exposição "... na Cidade". Com curadoria de Fabiano Lopes de Paula, João Caixeta e Ângelo Pignataro, que apontaram a similaridade da Cidade, dos Personagens e das Artes, contrapondo  a Moda, o Design e a Comunicação. Assim como no centro, eles se misturam, combinam e confundem.

Com ambientes aconchegantes e maravilhosos assinados por grandes nomes da arquitetura e do design, o resultado da mostra foi de espaços que, mais do que contar a história de Belo Horizonte, apresentou e homenageou a cultura e o modo de vida de uma cidade que sempre foi celeiro de grande talentos em todas as áreas.

No 24º andar do P7 Criativo, o ambiente Casa Câmara se destacou com o antiquário, decoração e a tradicional  vista da  Praça Sete, emoldurada pela criatividade de peças que interagiram com a visão do espectador. O designer Rodrigo Câmara levou de Ouro Preto e da Av do Contorno 4474, para a Modernos Eternos  o  encontro das peças contemporâneas, do moderno, no prédio modernista de Belo Horizonte. "Trata-se de um complexo de design, gastronomia, e artes em parceria com a No House Design com mobiliários contemporâneos; a boutique de flores Scarpelli Fiori; Confraria Che Douglas com um espaço maravilhoso de gastronomia", disse.

A designer de jóias Carla Abras expôs as suas belíssimas criações produzidas durante a pandemia: trata-se da marca  Carla Abras  Free Spirit inspirada na peça ‘Arrara’, premiada no concurso da AngloGold. A peça icônica de uma arara fala de brasilidade, do Brasil origem e contemporâneo. “Fui super acolhida no ambiente Eterno das arquitetas Isabela Nogueira e Nara Freire. Com a necessidade de explorar mais o meu potencial criativo, inspirada também no Vik Muniz, escolhi a coleção Arrara de jóias, que é feita manualmente em pequena escala, com banho de ouro 18 de altíssima qualidade, pedras naturais com lapidações especiais, madres pérolas e o conceito marcante do Brasil”, comenta.

Para a escritora Nilze Monteiro Batista, visitar a edição da Modernos Eternos 2022 foi bastante significativo. “Ver, sentir e emocionar ao ver a nossa ‘cidade’ nos remeter ao passado em cada andar, cada espaço com as suas belas propostas e ideias ‘ressignificadas’, é realmente imperdível”, afirma.

Vamos aguardar a próxima edição da Modernos Eternos, na torcida que seja tão aprovada pelo público belo-horizontino, como foi a edição de 2022.