Coberturas

As artes visuais e a dança se encontram em uma harmoniosa fusão no projeto artístico "Jequitinhonha: Origem e Gesto", realizado pela Fundação Clóvis Salgado. A exposição, que teve sua abertura na última quinta-feira (3/8), na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, encanta o público com uma criação híbrida, onde as duas linguagens se unem para apresentar ao público a riqueza criativa do Vale do Jequitinhonha.

A mostra, que apresenta uma exposição panorâmica com obras dos principais artistas e artesãos do Vale do Jequitinhonha, reúne 100 peças históricas provenientes de acervos particulares, do Centro de Arte Popular (CAP), incluindo objetos da colecionadora Priscila Freire, e do Sebrae/MG, além de criações contemporâneas especialmente produzidas para esse evento.

Com uma ambientação inspirada na paisagem do Vale, a Grande Galeria se transformou em um espaço repleto de tons terrosos e elementos característicos da região, proporcionando aos visitantes uma imersão única na cultura e na história do Jequitinhonha.

A Sintonia entre Arte e Movimento

A exposição "Jequitinhonha: Origem e Gesto" não se restringe apenas à apreciação das artes visuais, mas também conta com uma emocionante coreografia da Cia. de Dança Palácio das Artes, que recebeu o mesmo título da exposição. A estreia da coreografia ocorreu na sexta-feira (4), no mesmo cenário inspirador da exposição, e visa estabelecer um diálogo emocionante entre os gestos dos dançarinos e as formas das obras expostas, enriquecendo ainda mais a experiência do público presente.

O projeto coreográfico, concebido coletivamente pelos bailarinos da Cia. de Dança, é resultado de uma rica pesquisa de campo realizada no Alto Jequitinhonha. Durante a pesquisa, os artistas da dança se conectaram com as diferentes facetas da cultura local, conhecendo suas danças, cantigas e tradições, e incorporando esses elementos à coreografia, criando assim uma experiência estética única.

"A dança contemporânea se espelha em urgências, pesquisas, observações e tantos outros detalhes que possam inspirar a criação de uma coreografia. Esse olhar de descoberta, que busca o diferente, o novo, o inesperado, é mais do que necessário para as criações da Cia. de Dança Palácio das Artes. É com essa pesquisa 'in loco' que tentamos traduzir o Vale do Jequitinhonha em nossa dança", explicou Sônia Pedroso, diretora da Cia. de Dança Palácio das Artes.

O presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, também ressaltou a importância do projeto ao unir diferentes formas de expressão artística do Vale do Jequitinhonha, proporcionando aos visitantes uma experiência rica e diversificada. "Essa produção inédita celebra as outras histórias de nosso Estado. Com a iniciativa, a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard abre espaço para todo simbolismo das ‘Gerais’, que é essa região mais profunda de Minas, com muitas histórias, culturas e tradições, bem diferentes da centralidade do Estado. O objetivo é estimular um novo olhar para a diversidade e a riqueza da produção artística de nossa terra", destacou Reis.

Local e Informações

A exposição "Jequitinhonha: Origem e Gesto" está aberta ao público com entrada gratuita. A visitação acontece na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, localizada no Palácio das Artes, na Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte. Para mais informações sobre horários de visitação, ingressos para o espetáculo de dança e atividades relacionadas à exposição, acesse o site oficial da Fundação Clóvis Salgado ou entre em contato pelo telefone (31) 3236-7400.

A exposição "Jequitinhonha: Origem e Gesto" é uma oportunidade imperdível de celebrar a diversidade cultural e a riqueza artística do Vale do Jequitinhonha, valorizando o trabalho dos seus talentosos artistas e artesãos, e promovendo uma experiência única e enriquecedora para o público.