Coberturas

No último final de semana, dos dia 23 a 25 aconteceu no Parque de Exposição da Gameleira o 4º festival do Queijo Artesanal de Minas, já consolidado. De casa nova, o evento, organizado pelo Sebrae Minas e pelo Sistema FAEMG, teve como objetivo oferecer uma programação voltada para produtores e admiradores da iguaria ao promover novos negócios e dar visibilidade aos produtos

Criado para promover o queijo artesanal e valorizar a nossa cultura mineira, quem chegava no festival se deparava com uma infra - estrutura mais ampla, pensada para atender com segurança um público diversificado, estimado em 8.000 pessoas. O festival contou com espaço kids, palco para shows de MPB, praça de alimentação, auditório, espaço para cursos, seminários, oficinas e rodada de negócios. Ao percorrer os espaços o público ia degustando os diversos tipos de queijos e principalmente os premiados – nacionalmente e internacionalmente, stands que estavam concorridos. Além dos queijos os visitantes se deparava com stands que expunham: cervejas artesanais, cachaças, mel, embutidos, doces, quitandas, café, azeite, geleias, vinho e utensílios para cozinha, oportunidade oferecida aos produtores rurais, para divulgar produtos de origem mineira que harmonizam com os queijos, tornando assim o festival mais atrativo.

Durante os três dias, sete chefs mineiros apresentaram e serviram pratos elaborados com a iguaria representando os produtores presentes no evento. Cursos, pagos, foram ministrados para quem quisesse adquirir mais conhecimento sobre o queijo.

O festival contou com número expressivo de visitantes e expositores, que deixa claro o alto nível dos queijos produzidos no nosso estado, além de ser a oportunidade de mostrar como os cursos oferecidos pelo Sistema FAEMG colaboram para o fortalecimento deste segmento. Os visitantes se deparavam com queijos de todas as dez regiões produtoras: Serro, Diamantina, Mantiqueira, Alagoa, Araxá, Canastra, Campos das Vertentes, Cerrado, Serra do Salitre e Triângulo Mineiro que fazem parte do QMA e todas com identificação geográfica (IG) reconhecida pelo governo do Estado.

No sábado, o festival recebeu o Ministro do Turismo, Carlos Alberto Gomes Brito, e o secretário estadual de cultura, Leônidas Oliveira, onde receberam um representante da Amiqueijo (Associação Mineira do Queijo Artesanal), uma solicitação para inscrição dos ‘Modos de Fazer’ do QMA na Lista de Patrimônio da Humanidade, chancelada pela Unesco. Segundo, Frank Mourão, presidente da Comissão Técnica do Queijo Minas Artesanal da FAEMG, “O documento, que tem o apoio da FAEMG e do governo do Estado, será entregue à presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Larissa Peixoto, que encaminhará à Unesco”.

Minas Gerais, hoje, é responsável por 40% da produção nacional de queijo. Com a maior bacia leiteira do país, produz 9,7 bilhões de litros por ano. A quantidade é superior à que é destinada à fabricação de queijos em todo o país, de 8,7 bilhões de litros, segundo o IBGE. Além disso, o Queijo Minas Artesanal é um dos símbolos da gastronomia mineira e admirado no Brasil e no exterior, conquistando cada vez mais mercados com seus sabores diferenciados.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Roberto Simões, “A produção de queijo artesanal é uma atividade tradicional de vários municípios mineiros e tem grande importância para a economia e identidade sociocultural do estado, além de ser uma atividade geradora de renda para várias famílias. Em uma busca pela melhoria da qualidade de seus queijos, os produtores contam com o apoio do Sebrae Minas por meio de orientações e parcerias em pesquisas e consultorias técnicas e gerenciais, que diferem a iguaria produzida em Minas Gerais de outras regiões nacionais e internacionais”.

A cultura do QMA

O Queijo Minas Artesanal (QMA) é um produto que carrega em seu processo de fabricação uma técnica histórica, que remonta ao tempo dos colonizadores. É um queijo feito em pequenas propriedades rurais, utilizando receitas tradicionais e familiares, passadas com carinho de geração em geração, que preservam a identidade cultural do povo mineiro e o mesmo sabor marcante degustado pelos nossos antepassados.

O sabor dos queijos artesanais varia de acordo com a região onde é produzido, sendo influenciado pela altitude, pelas características do solo onde as vacas pastam, pelo clima da localidade, pelo tipo de vegetação, pela água, entre outros fatores que propiciam sabores únicos aos queijos de cada parte do estado.

Para o presidente da Associação Mineira dos Produtores de queijo Artesanal(Amiqueijo), João Carlos Leite, essa edição foi um sucesso. Para Meire expositora e representante da Sabarabuçu o festival superou as suas expectativas. Já o casal de produtores, Armando e Heloísa Ferreira, proprietários da Serra Negra Doces, disseram estar bem entusiasmado com os resultados obtidos, segundo eles esse evento é muito importante para eles como produtores”.

Se você não participou desta vez, já deixe agendado e vá se informando para o ano que vem poder participar e se deliciar com o que temos de melhor de produtos, gastronomia e conhecimento.