Coberturas
A artista plástica Raquel Lima apresenta a exposição "Brasilidade"
Galeria de Arte - Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, 25/09/2017
Por Luiza Miranda
A abertura da exposição da artista plástica Raquel Lima "Brasilidade", ocorreu em torno de um coquetel, na Galeria de Arte Paulo Campos Guimarães, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, dia 25 de setembro, prestigiado por renomados convidados do segmento da cultura, familiares e amigos.
Segundo Raquel, o momento é de muita felicidade devido ao fato de ter sido selecionada para participar de uma individual na Biblioteca Pública Paulo Campos Guimarães, através de um edital de 2106, sendo de grande relevância por fazer parte do circuito cultural da Praça da Liberdade. A série de telas apresentadas foi inspirada nos florais da chita, um dos ícones da brasilidade, nas quais fomenta brincadeiras com as diferentes formas de utilização da mesma.
“Tenho realizado várias intervenções através de técnicas que aprendi ao longo de mais de vinte anos de profissão. O meu trabalho é elaborado de uma forma singular através da expressão de minha alma, dedicação absoluta à arte e extrema satisfação. Achei oportunos o tema e a data da exposição porque estamos entrando na primavera, o que nos remete alegria, cores e vibração. Considero o resultado da exposição muito satisfatório, pois tive uma visitação muito expressiva na abertura e também a oportunidade de receber o Secretário de Estado da Cultura, Ângelo Oswaldo, por ocasião da montagem. Todos os elogios das pessoas que estiveram aqui me proporcionaram grande alegria devido ao fato de que os comentários sobre a mostra foram muito importantes”, salientou Raquel.
A artista acompanhou e recebeu grande influência de seu pai, Moacir Alves de Lima, Auditor Fiscal do Tesouro Nacional, já falecido, que pintava por paixão à arte. Formou-se em Engenharia Civil pela Kennedy e em Engenharia de Segurança pela Fumec.
Iniciou seus trabalhos artísticos em 1996, testou vários estilos, experimentou texturas, tintas e técnicas, interagiu com as cores, usou da geometria, ressaltou linhas, buscando o equilíbrio e a beleza em suas obras. Em 1998, iniciou seus trabalhos artísticos com o figurativo, apresentando posteriormente várias séries Cristo, Formas, Cores, Marcações, Sementes, Flores, Matiz, Marias, Espaços UrBHanos.
Ao longo de sua trajetória, já participou de mais de 50 atividades, entre leilões catalogados, mostras coletivas e individuais, sempre com muito sucesso de crítica e venda. E, além de trabalhos expostos em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, Raquel também expôs em diversas cidades mineiras, entre elas: Tiradentes, Passos, Uberaba e Araxá. Das mostras internacionais que participou se destacam: Punta Del Este, Londres, Madri, Lisboa e Viena.
Conquistou vários prêmios como: Menção Honrosa no III Salão comemorativo de São Paulo 449 anos, Menção Honrosa no III Salão Feminino em São Paulo, Menção Honrosa Internacional no Museu de Arte da Pampulha em Belo Horizonte e Menção Honrosa Internacional no Memorial da América Latina em São Paulo.
Morgan da Motta, membro da ABCA - Associação Brasileira de Críticos de Arte e da AICA -Associação Internacional de Críticos de Arte, órgão da Unesco em Paris, comentou: “Antes de tudo, vi os primeiros estudos da Raquel, em colagem de tecidos e superou todas as minhas expectativas, pois o pedaço de tecido junto com a cartolina é uma coisa, mas depois de montado em painel, possui outro significado. Sem dúvida, o excepcional conjunto de pinturas e colagens, coloca a artista entre os principais nomes da arte contemporânea mineira, brasileira e com grandes possibilidades de fazer sucesso internacional”.
A crítica de arte, Guiomar Lobato, considerou que conhece a pintura da Raquel há alguns anos, sendo que ela teve um insight de reproduzir a estamparia das chitas, originada de sua vivência no interior mineiro. Esse fato tocou sua memória, viabilizando seu trabalho em cima do tema. No início era uma chita quase fotográfica, mas ela foi evoluindo e se desprendendo do modelo original, criando uma estamparia onde se vislumbra a origem. Porém, sua interferência se personalizou e, dessa forma, nas obras atuais as chitas foram enriquecidas.
“É como se ela tivesse criando um padrão específico, pois a estamparia não pode reproduzir as ondas de cor empregadas em alguns quadros, portadores de um fundo que a impressão jamais poderia repetir. É uma passagem de cores que somente o pincel pode realizar, mostrando na Raquel um talento e uma arte em evolução, crescente a cada exposição. Numa das telas, que denominei “Síntese”, está reunido tudo que ela elaborou até o momento, ilustrando uma composição moderna, completamente diferente da chita, onde é retratada a sua evolução no fazer e sua dedicação. Acredito que, por sua mocidade, aliada à dedicação, seu nome será considerado uma base na arte mineira”, concluiu Guiomar.
Exposição "Brasilidade"
Galeria de Arte - Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais
Praça da Liberdade, 21 - Funcionários, Belo Horizonte
Visitação de segunda a sexta-feira: 8h às 18h e sábado: das 8h às 12h
CONTATO: 99983-7164
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