Coberturas
Teatro é elevado a Patrimônio Cultural Imaterial de Belo Horizonte
Museu Histórico Habílio Barreto, 22/10/2014
Por Elmo Gomes
O Museu Histórico Habílio Barreto foi palco de uma importante conquista para o teatro de Belo Horizonte, no dia 22 de outubro de 2014. Aconteceu no museu a reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte para a análise do inventário sobre a história do teatro do município, para torná-lo Patrimônio Imaterial da cidade, redigido por Michele Abreu Arroyo, Superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, no estado de Minas Gerais e membro do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de BH, como representante civil.
A reunião teve início às 15 horas, quando o Presidente da Fundação Municipal de Cultura e também do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte, Leônidas José de Oliveira declarou aberta a solenidade. O primeiro ato do evento foi a exibição de um vídeo institucional demonstrativo, ilustrativo e delineador dos acontecimentos e fatos importantes de toda a história do teatro da capital mineira.
Estavam presentes além de Leônidas, presidente da Fundação Municipal de Cultura, o prefeito Márcio Lacerda, o vereador Arnaldo Godoy, a autora do inventário da história do teatro, Michele Abroyo e demais membros do Conselho Deliberativo. Na platéia estavam algumas pessoas que são parte importante dessa história, como o diretor Pedro Paulo Cava e o ator Helvécio Guimarães, entre outras personalidades.
Michele Abroyo realizou a leitura do inventário e em seguida deu-se a votação, que o conselho ao lado do prefeito aprovou por unanimidade o texto e seguiram-se alguns comentários.
Pedro Paulo Cava, representando a classe artística, dissertou sobre a importância desse ato de conferir ao teatro a relevância de Patrimônio Imaterial da cidade e disse que ao realizar esta ação é uma forma de garantir a sobrevivência desta tão bela arte que tem uma raiz profunda na vida do belo horizontino. Pedro concluiu: “é uma forma de preservação dos locais onde o teatro acontece que são os espaços teatrais, impedindo que sejam destruídos, demolidos e simplesmente vendidos e ocupados para outros fins, possibilitando assim a continuidade da história teatral de Belo Horizonte e a perpetuação dos artistas que dela fazem parte”.
O Prefeito Márcio Lacerda se disse orgulhoso de fazer deste momento e que através do registro imaterial o setor público somente não reconhece a importância do setor teatral, mas assume o compromisso de ser cada vez mais atuante perante as necessidades da cultura e passa a ser uma obrigação garantir os investimentos nessa área.
O prefeito Lacerda também solicitou que fossem incluídas no registro as expressões de dança e de circo, que segundo ele, são muito atuantes na cidade, o que fará o projeto abranger todo o núcleo das artes cênicas.
Ao final Michele Arroyo agradeceu a todos os presentes e aos que a ajudaram a produzir o parecer final do inventário para o Registro como Patrimônio Imaterial da cidade na categoria de lugares e formas de expressão do teatro na cidade. Michele explicou a importância do acontecido: “O Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte ter aprovado nesta data o Registro do teatro como Patrimônio Imaterial da cidade na categoria de lugares e formas de expressão do teatro, é um passo importante para consolidar de uma forma bastante significativa a política de Patrimônio Imaterial do Município”.
Segundo Michele Arroyo, na categoria de lugares foram elencados oito teatros que a princípio já estão escritos como patrimônio cultural imaterial, o Palácio das Artes, o Teatro da Cidade, o Teatro Francisco Nunes, o Teatro Marília, o Teatro de Arena do Parque Lagoa do Nado, entre outros, que são instituições marcantes na trajetória da consolidação da manifestação do teatro em BH, ao longo de pelo menos os últimos 50 anos. Também foi reconhecida a manifestação, ou seja, como forma de expressão o teatro de palco, o teatro de rua e o teatro de bonecos em BH. Uma conquista deste nível possibilita a construção de políticas de salva guarda que, dentre outras ações elencarão todos os grupos de teatro que compõem estas formas de expressão, bem como os espaços existentes na cidade, ocupados pelos artistas.
Fotos: Elmo Gomes
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