Coberturas
Inhotim apresenta suas novas obras e espaços
Inhotim, 07/11/2019
Por Priscila Campos
Em um momento muito especial, no dia 08 de novembro, o Instituto Inhotim, localizado em Brumadinho, convidou a imprensa mineira e de outras regiões para passar um dia agradável no Museu e conhecer suas novas obras e espaços.
Entre as novidades estão: a maior obra já construída de Robert Irwin, localizada em uma nova área aberta à visitação; a exposição “Visão Geral”, com artistas contemporâneos brasileiros na Galeria Mata; uma instalação de Gisela Motta, Leandro Lima e Claudia Andujar; e um novo jardim poético, o maior do Inhotim.
Em concreto, aço inox e vidro artesanal, a nova obra permanente de Robert Irwin tem 6,3 metros de altura por 14,6 metros de diâmetro. Fica no ponto mais alto do terreno da instituição, em uma área que até então não era acessível aos visitantes. A grandiosa obra tem a performance em constante mudança, pois no alto de cada parede há um painel triangular de vidro amarelo texturizado, por onde penetra a luz do sol e passa a realizar projeções no chão.
A exposição coletiva de artistas brasileiros, "Visão Geral", faz sua estreia na Galeria Mata, uma das quatro temporários do Inhotim. A proposta é expor e provocar debates sobre questões da escultura contemporânea, como abstração, tridimensionalidade e ressignificação de objetos do cotidiano. Entre as obras, estão Mix (Boom), de Alexandre da Cunha; Barril de petróleo, de Iran do Espírito Santo; Seção diagonal, de Marcius Galan; e Máquina do Mundo, de Laura Vinci.
Na parte de instalações, a novidade é a Yano-a de Gisele Motta, Leandro Lima e Claudia Andujar, que fica na galeria da artista. Trata-se de um trabalho desenvolvido a partir da apropriação de uma fotografia em preto e branco de uma maloca Yanomâmi incendiada, feita por Claudia em 1976. Os artistas reativam a imagem por meio de um maquinário com projeções, filtro, ventilador e água. Resultando uma projeção onde a maloca indígena parece estar sempre em chamas, explica o curador associado do Inhotim, Douglas de Freitas.
Outras obras importantes para o Instituto Inhotim e para a arte contemporânea também serão reabertas ao público, após um processo minucioso de restauro. Para impressionar os visitantes a obra lama lâmina, de Matthew Barney, está de volta. Após dez anos de exibição, a obra foi restaurada pela equipe técnica do Inhotim, com acompanhamento da equipe do artista e a expectativa é que ela viva por mais quinze anos. Também serão reabertas a Galeria True Rouge, de Tunga, e a obra Narcissus Garden Inhotim, de Yayoi Kusama.
Renata Bittencourt, diretora executiva, e Antonio Grassi, diretor-presidente acompanharam a visita e falaram sobre a programação cultural e projetos da instituição, como o programa Nosso Inhotim que isentam moradores da cidade a pagarem a entrada, ações e apresentações para atrair novamente o público, após o rompimento da barragem. Douglas de Freitas, curador associado, e Allan Schwartzman, curador chefe e diretor artístico também acompanharam à visita.
O Instituto Inhotim abre de terça a domingo, a partir das 9h30 e os ingressos custam R$ 44 (inteira) e R$ 22 (meia).
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