Coberturas

Projeto GastroUna compartilha Inauguração do Espaço LEIA Hortas Urbanas

Campolina

Centro universitário UNA , 29/11/2016
Por Alunos do curso de jornalismo do Centro Universitário UNA: Isabela Carvalho, Ingrid Oliveira, Gabriella Germana, Lucas D’Ambrosio e Thainá Hoehne.

O Laboratório Ecossistêmico Interdisciplinar de Aprendizagem, conhecido como LEIA, inaugurou seu primeiro espaço comunitário na cidade de Belo Horizonte. Durante a tarde do dia 29, alunos, professores e idealizadores do projeto abriram as portas para apresentá-lo à comunidade. O local, o terraço de um prédio, está localizado na avenida João Pinheiro, nº 580, região centro-sul da capital.

Integrando quatro cursos da graduação e o Programa de Pós Graduação PPG GSEDL - Mestrado em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local do Centro Universitário UNA, o LEIA foi criado para o desenvolvimento de hortas urbanas e a reinvenção dos espaços da cidade. Os alunos da Arquitetura foram os responsáveis em elaborar os projetos das hortas. O principal objetivo foi a criação de um modelo funcional e compacto, que seja viável e sustentável para a sua implementação em espaços do cotidiano.

Membros dos cursos de Biologia e Nutrição dedicaram os trabalhos para desenvolver técnicas de plantio e cultivo das espécies utilizadas nas hortas. Além disso, participaram com a indicação de métodos de manutenção da compostagem adequada para o plantio. Por fim, o curso da Gastronomia ofereceu os seus alunos para auxiliar no plantio, na colheita e na utilização dos alimentos produzidos pelas hortas urbanas do projeto, na elaboração de pratos e receitas.

Interação de disciplinas: a gênese do LEIA

A professora do curso de Arquitetura e Urbanismo, Luiza Franco é uma das coordenadoras do projeto. Ela explica que uma das razões que a motivou foi levar, para fora da sala de aula, os alunos de Arquitetura. “Eles fazem muitos projetos, mas a gente não coloca na prática, literalmente não coloca a mão na massa e a arquitetura é um meio de construir”, explica.

Para ela, a interação com outros cursos foi fundamental, “A UNA tinha um projeto de hortas urbanas, mas de fazer o mapeamento delas, pela cidade. Houve o convite para a Gastronomia, e eles sentiram que outras disciplinas também poderiam agregar. É preciso conhecimento amplo, a horta em si, necessita do conhecimento em diferentes áreas. Como convidada da Arquitetura, eu topei na hora”, ressalta.

Rosilene Campolina, professora do curso de Gastronomia, é também uma das idealizadoras e coordenadoras do projeto. Compolina destaca que o espaço é aberto à comunidade, “É extremamente importante fixar isso. É um projeto de extensão que nós queremos disseminar essas práticas, aprendidas aqui e que a gente possa levar e externalizar esse conceito para atrair a comunidade. Que isso possa se tornar prática nas escolas, no seu condomínio, na sua casa, na sua empresa, no seu escritório, onde quer que você esteja”, finaliza.

Projetos, histórias e oportunidades

Durante o evento, os alunos do curso de Gastronomia participaram de uma feira apresentando e comercializando pratos que foram elaborados ao longo do semestre. Além da feira culinária, as hortas que foram desenvolvidas pelos alunos de Arquitetura também estavam expostas para o público visitante. Além de conhecer o projeto de cada um dos grupos, quem visitava a feira poderia participar de um concurso para eleger o melhor prato e o melhor projeto de horta.

O aluno da Arquitetura, Samuel Morais, 22 anos, era um dos expositores do evento e defende que a cidade pode trazer elementos que pertencem ao campo. Acredita que o cultivo pode ser algo renovável e possibilita na criação e produção pela população, do seu próprio alimento. “O desenvolvimento do LEIA é isso: criar hortas urbanas que possam ser utilizadas no meio urbano. Hortas que possam estar em apartamentos, casas e até mesmo com a interação da família, inseridas em escolas”, ressalta.

O projeto desenvolvido pelo grupo do estudante se chama “Horta Bambulê”. Ela foi criada e pensada para ser utilizada em ambientes escolares. Para Morais, é algo que pode despertar o interesse dos alunos, desde o ensino fundamental até o ensino médio. Ele destaca, também, a utilização de materiais sustentáveis, como o bambu e latas de alumínio. “É muito fácil de ser encontrado e a utilização de latas de qualquer tipo, no caso, para a plantação, incentiva a reciclagem dentro de casa”, destaca.

Além de recepcionar os projetos acadêmicos, o espaço também abriga campanhas de conscientização ambiental e sustentável. Sentado em uma mesa coberta com latas de refrigerante e ferramentas, Damião Moisés, também estava presente no evento. O artesão de 42 anos representa a conhecida “criatividade do povo brasileiro”. Convidado para participar da inauguração do espaço LEIA o senhor, de mãos firmes e olhar atento, se concentrava na criação de suas peças.

Cortando e moldando as latas de alumínio, ele conta sobre o seu ofício. “O que faço é aproveitar as latinhas. A maioria delas a gente pega nas ruas. Eu vim da ASMARE (Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Materiais Reaproveitáveis de Belo Horizonte) e há dez anos eu trabalho com a reutilização de materiais que possam ser reciclados”, conta.

No final de todo o processo, Moisés mostra o resultado final do seu esforço: depois de trinta minutos produzindo uma peça, a latinha que seria destinada para o lixo se transforma em uma coleção de peças decorativas. Conforme a criatividade do mestre artesão, as latas se moldam em panelas de pressão, bules de café e regadores de hortas e jardins, que são comercializados individualmente ou por meio de kits.

Fotos: Reginaldo Costa
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