Histórias

O estilista Ricardo Melo, mineiro, natural de Caeté veio para Belo Horizonte em 1986, cursou comunicação visual na UEMG, sempre trabalhou com moda, arte e faz do seu dom sua forma de viver.

Desde criança, Ricardo sempre gostou de pintura e desenho. Em 1986 veio trabalhar em uma confecção em Belo Horizonte, onde a sua chefe com dois meses de emprego dobrou seu salário e deu também uma porcentagem, onde ele ficou oito meses e depois nunca mais trabalhou como funcionário. Desde então somente como autônomo. Foi o caminhar do dia a dia mesmo.

Com uma colocação bem peculiar o estilista fala, “Não sei se fui eu que escolhi a moda ou a moda me escolheu - A moda sempre ficou mais em evidência e nessa brincadeira já são 25 anos de profissão. Casei tenho dois filhos e tenho 23 anos de empresa no mesmo endereço. Eu não faço moda eu faço roupa, já trabalhei com moda butique, já trabalhei com pessoas de várias partes do Brasil, tenho cliente em Angola, aos poucos parti para uma coisa otimista e única", completa Ricardo.

Curiosidades surgem sempre e na hora dos preparos das roupas e nas dicas para as noivas, Ricardo menciona o poder do universo e as diversidades da moda. Cada uma tem sua necessidade, momento, olhar, história de vida. Então... existe um clichê, ele é muito sincero e verdadeiro, acaba assustando muito as pessoas, não tem frescura, quebra todos os paradigmas e barreiras. Gente é gente, e ele se considera pessoas iguais e procura entender o que cada uma quer. Se a pessoa vier com um personagem, não vai ser uma coisa ideal. As dicas são muito particulares, dependendo do que a pessoa tem para oferecer como história de vida ou o que ela quer do sonho dela, porque no dia do evento tem que viver a realidade, não a fantasia. Quem é ela? Quem é você? Qual a sua história? O que você quer desse dia? São perguntas básicas. É se despir de achismos, temos que focar no assertivo, e analisar o que a pessoa tem de melhor. Por isso tem que reconhecer que não é momento de ser personagem, cada um tem que contar sua história. Não é programa da Rede Globo, SBT e muito menos na Record; é um momento na vida real. A partir daí começam a construir a história juntos.

Variados são os vestidos que ele sempre escolhe, pois depende da hora, circunstâncias, biotipo da pessoa, pelo o que ela tem de melhor para oferecer. Às vezes o que a pessoa sonha não é o que ela necessita, porque o corpo dela não condiz com a silhueta e nem com o local. Ricardo faz uma análise de tudo e constroem juntos, essa é a ideia. Menos ou mais, o que melhor se encaixar à história e ao biotipo, aí sim, a coisa funciona. Na realidade, hoje em dia acontecem a opção da escolha do vestido importado, que as pessoas compram em sites, e no final não dá certo, é uma pena! As pessoas banalizam o sonho delas. Tudo é questão de bolso, se as pessoas acham que vale a pena comprar um vestido Chinês, que já tem todo um sofrimento, porque é trabalho de escravo, um vestido feito em serie, e que seja satisfatório, "quem sou eu para criticar ou dizer algo a respeito", comenta o estilista.

“Nunca recrimino ou descrimino onde sou convidado para ir, se me convidam é porque eu devo ser importante, ou se não sou importante eu dou importância ao meu convite, então eu vou. Nunca procuro saber quem é que está no evento, eu analiso quem me convidou, pois só vou em evento que sou convidado. Sempre penso que se a minha presença pode agregar eu vou agregar, se posso somar eu vou somar. Independente de onde eu esteja, porque ninguém recebe script. Nunca menosprezo um convite. Pra mim o que importa são pessoas... eu não vou discriminar...Não trabalho para classe A, B ou C, eu trabalho para quem me procura. Estamos em um momento que agente tem que ser muito humano. Posso trabalhar para um cliente que tenha até um avião e um que tenha uma carroça, e daí qual é o problema?. Faço com o mesmo carinho, porque dinheiro tem a mesma cor e o mesmo valor”, conclui Ricardo

Mais informações: www.ricardomelo.com.br