Histórias

A jornalista, assessora de imprensa e empresária Christina Lima, que inaugurou, em 1992, a “CL Comunicação”, empresa especializada em assessoria de imprensa cultural, possui uma extensa trajetória em seu currículo e nesta matéria abordamos alguns fatos sobre sua espetacular jornada.

Formada em história pela UFMG e jornalismo pela FAFI, também possui mestrado em marketing. Sua carreira como professora de história foi curta, pois descobriu que o jornalismo era sua vocação. Como jornalista, trabalhou em rádio e impressos, mas logo optou pela assessoria de imprensa.

No início da década de 90 eram poucos jornalistas que se dedicavam a esta modalidade da comunicação. Lembra que muitos nem sabiam o que um assessor de imprensa fazia. Quando fundou sua empresa, escolheu trabalhar com eventos, por gostar da questão do princípio, meio e fim. Entregar o resultado do trabalho, ocasionando a oportunidade de realizar outro em seguida. Isso gera movimento, assim como o contato com muitas pessoas interessantes que passaram e continuando incidindo em sua caminhada.

Quando fundou a CL Comunicação, havia na cidade apenas quatro ou cinco assessorias de imprensa e muitos profissionais e empresários não entendiam o que fazia uma empresa e o profissional deste setor. Era uma demanda nova para um mercado novo.

Ela lembra também que tudo era mais difícil, pois as atividades profissionais eram realizadas na base da intuição do felling. Não se estudava na faculdade esta cadeira, e a literatura sobre o assunto ainda era incipiente. Então, as atividades profissionais eram realizadas com garra e intuitivamente. Hoje temos dezenas de faculdades de jornalismo/comunicação e todas oferecem cadeiras específicas para assessoria de imprensa.

Muitos jornalistas nas redações, quando eram oferecidas as sugestões de pautas (no caso shows/espetáculos que iam acontecer na cidade) torciam o nariz, porque confundiam e achavam erroneamente que o assessor de imprensa estava vendendo um produto. Porém, o objetivo era facilitar o trabalho dos mesmos com a notícia, levando as sugestões. Mas com o passar dos anos, o reconhecimento da importância do assessor foi consolidado.

Durante seus 25 anos de mercado, muitos jornalistas foram contratados pela CL, sendo que ela se orgulha de manter contato e amizade com grande parte destes profissionais.

“Considero muito importante a questão do relacionamento, não somente com a imprensa, mas com todas pessoas, porque, independe da mídia em que atua. Todos devem ser tratados com respeito. A dedicação que disponibilizo a todo artista que presto assessoria é a mesma, independentemente de ser alguém que está começando uma carreira ou já é consagrado, pois acredito que essa é a forma de tratamento correta. Procurar fazer o melhor sempre, é o mantra da minha vida”, finalizou Christina.

Em 2013, optou em reduzir sua jornada de trabalho, fechou a agência e começou a desenvolver os trabalhos em home office. Essa transição foi muito gratificante porque teve a oportunidade de dedicar mais tempo para realizar outras atividades que ela almejava.

Mesmo assim, continua trabalhando com o mesmo foco em cultura, seja divulgando shows, lançamentos de livros, peças teatrais e ou eventos de entretenimento. Sempre é requisitada a assessorar em BH, shows da banda Jota Quest, Ney Matogrosso, Roberto Carlos, Aline Calixto, Lula Ribeiro e muitos outros artistas.

Uma das questões ligadas em ter seu home office, se deve ao fato querer se dedicar mais tempo às coisas que gosta de fazer como, por exemplo, pintar, elaborar mosaico e criar trabalhos criativos artísticos. Desportista, ela não abre mão de jogar vôlei diariamente, há vários anos. Mas também não para por aí, carnavalesca, já desfilou em escolas de samba do Rio de Janeiro e de BH, devido ao crescimento do carnaval da cidade é figura animada em diversos bloquinhos. Atualmente, entrou para a bateria do Bloco do Queixinho na ala do chocalho.

Faz parte da personalidade de Christina Lima a sua preocupação com o próximo e, por acreditar no papel político de todo cidadão, ela está sempre antenada e participando de alguma atividade político-social. Atualmente, junto com um grupo de mulheres, profissionais das mais diversas áreas, revitalizou o projeto “Quem ama não mata”, fundado na década de noventa, quando houve uma série de crimes contra mulheres. Recentemente este grupo realizou uma importante manifestação para denunciar, chamar a atenção das autoridades e da sociedade para o crescimento enorme da violência e assassinatos contra à mulher. É objetivo do grupo criar ações em prol da causa, visto que a violência e o feminicídio estão muito intensos.