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Sempre se fala na carência de uma cidade como Belo Horizonte de espaços que possam receber os grandes shows musicais e artistas de teatro e dança. Pois foi pensando nesta lacuna que surgiu há dois anos, no local onde funcionou um cinema nos anos 50 e depois uma discoteca, o Music Hall, uma Casa de Espetáculos com capacidade de público semelhante à do Palácio das Artes, mas num formato diferenciado que inclui serviço de bar, possibilidades de inúmeras formações de platéia, e uma programação tão vigorosa quanto eclética. A restauração do antigo cinema primou pela preservação da fachada e arquitetura originais, incorporando um eficiente tratamento acústico que ao mesmo tempo traz conforto aos que estão na Casa e aos vizinhos, já que não há vazamento de som. Por aqui passaram, neste dois anos, grandes nomes como Toquinho e MPB4, Pitty, Nando Reis, Al Di Meola com Jean-Luc Ponty e Stanley Clark, Zeca Baleiro, Stanley Jordan, Alexandre Peixe, Cindy Lauper, Vander Lee, Steve Vai, Babado Novo, Marcus Viana, Frejat, Rufus Wainwright, O Teatro Mágico, John Pizzarelli, Exaltasamba e muitos outros, em noites que ficaram marcadas, trazendo o Music Hall para a história da cultura e entretenimento da cidade. As artes cênicas também tiveram seu espaço com os espetáculos “Monólogos da Vagina” e “Chico.Tom” com Chico Anísio e Tom Cavalcante. O Music Hall recebeu até mesmo uma belíssima apresentação de tango, com o show “Uma Noite em Buenos Aires”. Nestes dois anos, cerca de 250 mil pessoas passaram pela Casa, ressaltando o acerto do empreendimento que alia o conforto do ar condicionado central, a gentileza no atendimento, uma infra-estrutura técnica de primeiro mundo, a uma programação especialmente elaborada para atender aos mais diversos segmentos e gostos. Este resultado recebe muito bem também aos artistas – Cindy Lauper, por exemplo, declarou que o show em BH foi o melhor da turnê brasileira .