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Na segunda-feira de Carnaval, dia 4 de fevereiro, tambores vão agitar o centro histórico de Ouro Preto. É o Bloco 100 Tambores A Gente Não Sobe, que participa pela primeira vez de um dos mais tradicionais e animados Carnavais de Minas Gerais. Comandado por Maurício Tizumba, em parceria com o grupo Tambor Mineiro, o bloco tem por objetivo sensibilizar as pessoas para o resgate e a preservação da nossa cultura de raízes através da arte dos tambores. 100 tamborzeiros sob a baqueta do mestre Tizumba irão arrastar os foliões pelas ladeiras da histórica cidade, conduzidos por uma marcha forte e alegre, mostrando que é possível acrescentar cultura ao já famoso cenário carnavalesco da bela Ouro Preto. Os Abadas que irão colorir as ladeiras da cidade foram especialmente criados por Fernando Molinari. Conhecido por seu trabalho como produtor cultural, Molinari criou junto com seu sócio Robert Guimarães, a Babilônia Feira Hype, evento de sucesso que acontece a 10 anos em vários pontos turísticos do Rio de Janeiro. Atualmente está à frente do Instituto Brasileiro de Cultura Moda e Design - INBRACULTMODE, que entre outros projetos lançou em parceria com a Oi Futuro, o portal de moda e cultura: www.rodadamoda.com. O Bloco 100 Tambores A Gente Não Sobe não tem fins lucrativos. Toda a renda obtida com a venda dos Abadás será destinada a uma instituição social da cidade e ao Tambor Mineiro. A produção do evento é da Planeta Agência de Cultura. Pré-Carnaval No sábado, dia 19 de janeiro, acontece o Pré-Carnaval do Bloco, a partir das 18 horas, no Raro Choperia (Rua Pacífico Homem, nº. 246 – Centro – Ouro Preto). Os ingressos custam R$ 10,00 e podem ser adquiridos pelos telefones (31) 8675-1378 e (31) 8771-2565. Para agitar esse aquecimento, apresentação da banda A Rede e performances do DJ Cateb, artistas conhecidos na noite da capital mineira. A Rede, que tem quatro anos de histórias pra contar, apresenta clássicos da música brasileira no show Samba.Bossa.Brasil, um retrato sonoro do país. O DJ Cateb é produtor cultural e pesquisador fanático da música de boa qualidade, no seu set variado a mistura imprevisível baseada no clima da festa dá o swingue, e não vai deixar ninguém parar de dançar. Maurício Tizumba Artista preocupado em manter viva a cultura negra, Maurício Tizumba traz consigo o congado mineiro - manifestação religiosa com mais três séculos de existência - mostrando sua importância e presença na identidade do nosso povo. Tizumba começou sua carreira há trinta e cinco anos. Como um excepcional apoiador da influência afro nas artes, ele tem desenvolvido trabalhos artísticos tais como a música, dança, TV, teatro e cinema. Músico, cantor, ator, compositor, multi-instrumentista, professor de canto e percussão Tizumba é um dos mais populares e completos artistas, com um estilo humorístico que lhe é peculiar, fazendo-o capaz de estabelecer uma relação de sinergia entre a platéia e o artista. Sua trajetória marca também a luta e a conquista de ampliar o acesso à cultura em Minas Gerais, democratizando a arte a todas as classes e grupos sociais. Seus trabalhos sempre buscaram as ruas, praças e povo, com o objetivo claro de sensibilização para a arte, para a cultura negra, e cultura em geral. Cantando em todas as cores, tamanhos e regiões. Seu trabalho é elogiado por escritores e artistas como Roberto Drumond, Lô Borges, Wagner Tiso, Tim Rescala, Chico Pelúcio, Nivaldo Ornelas, Márcio Montarroyos, dentre outros, sendo considerado um mestre pela nova safra de cantores e compositores mineiros. Tambor Mineiro Em abril de 2002, Maurício Tizumba ministrou a oficina “TambOr Mineiro”, em que procurou compartilhar os diversos ritmos, cânticos e passos de dança do Congado Mineiro com seus 40 alunos. Após o término do curso, os integrantes da oficina Tambor Mineiro vêm se apresentando em eventos que estejam vinculados à cultura mineira e continua encontrando-se semanalmente, com o objetivo de aperfeiçoamento e entrosamento crescente. Em abril de 2006, alguns integrantes do Tambor Mineiro passaram a receber uma capacitação mais intensa em teoria musical e técnicas de percussão, ministrada pelo saxofonista Ibraim Netto, como forma de incrementar as execuções artísticas e o repertório, que passou a contar com músicos convidados (metais e cordas). Este grupo, composto por 13 músicos, formou o Grupo Tambor Mineiro. Os ex-alunos das inúmeras oficinas do Tambor Mineiro, os músicos que passaram pelo curso e continuam ensaiando semanalmente na Associação Cultural Tambor Mineiro, assim como músicos e amigos mineiros convidados, passaram a formar o Bloco Tambor Mineiro. As apresentações do Tambor Mineiro são marcadas pela alegria e ritmo no canto e dança que remete à forte herança negra de nossa cultura. O repertório envolve cânticos do Congado Mineiro e música popular brasileira, entoados ao ritmo de tambores, gungas e patangomes