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Casa do Baile exibe a “Trilogia das Cores” do cineasta Kieslowski
As sessões de fevereiro do “Filme no Baile” serão coloridas de azul, branco e vermelho, em uma das obras-primas do cinema mundial: a “Trilogia das Cores”, do diretor polonês Krzystof Kieslowski. O primeiro da série, “A Liberdade é Azul”, será exibido no dia 9, enquanto que “A Igualdade é Branca” chega às telas da Casa do Baile no dia 16. Fechando a trilogia e a programação, “A Fraternidade é Vermelha” é a atração no dia 23. Todas as sessões acontecem às 17h e têm entrada franca. A promoção é da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura e da Casa do Baile, que fica na Avenida Otacílio Negrão de Lima, 751, Pampulha. Uma das obras mais aclamadas do cinema e um dos maiores sucessos da sétima arte no Velho Continente, os três filmes de Kieslowski já ganharam inúmeros estudos acadêmicos, debates e reflexões. O projeto nasceu por dois motivos: o bicentenário da Revolução Francesa, e seu lema liberdade, igualdade e fraternidade, e o momento político europeu no início dos anos 90, com o fim da URSS e a comemoração da unificação da Europa na União Européia. Em “A Liberdade é Azul” ou apenas “Azul”, como no título original, Kieslowski toma como ponto de partida a tragédia e os dez minutos iniciais já denotam a desgraça. Num acidente de carro, Julie (Juliette Binoche) perde o marido e a filha, e, após a tragédia, decide livrar-se de tudo que lhe prende ao passado. Decisão quase impossível de ser concretizada, que levanta a questão da utopia da liberdade. Já em “A Igualdade é Branca”, a personagem central é Carol (Zbiniew Zamachowski), polonês que não fala francês e é apaixonado pela sua mulher, Dominique (Julie Delpy). Esta o surpreende com um pedido de divórcio. Carol é julgado na França sem falar uma palavra sequer em francês. Mesmo em tom de comédia, o filme faz um questionamento interessante: como um estrangeiro é julgado e obrigado a assinar uma separação sem falar a língua nativa e sem um interprete? Aonde reside nessa história a igualdade na sociedade? Por fim, “A Fraternidade é Vermelha” apresenta Valentine (Irene Jacob), que leva uma vida normal, faz curso universitário, ganha o seu dinheiro como modelo e tem um namorado ciumento. Toda a sua tranqüilidade é quebrada quando atropela uma cadela pastor-alemão, seguindo, posteriormente, para a casa do dono do animal. Ali, ela encontra um juiz aposentado, que tem como hobby ouvir as conversas telefônicas dos vizinhos. Extremamente solitário, ele passa a ganhar a companhia estranha da jovem modelo e desenvolve com ela uma inusitada amizade. Mais informações: 3277-7443
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