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A Diretoria de Leitura e Informação (DILINF), da Fundação Municipal de Cultura (FMC), começou a distribuir os 13 mil livros adquiridos por meio do projeto “BH Cidade Leitora”. As bibliotecas municipais ligadas à FMC foram contempladas com mobiliário, computadores e 7.000 novos títulos. Das 30 bibliotecas comunitárias da região metropolitana de Belo Horizonte, 12 receberão 400 livros por unidade. O projeto “BH cidade Leitora” tem caráter estrutural e promoverá cursos de capacitação profissional a voluntários e funcionários das bibliotecas, visando à mediação entre o livro e o possível leitor. A ação é financiada pelo projeto Sustentador Rede BH Cultura, do programa BH Metas e Resultados da Prefeitura de Belo Horizonte. As bibliotecas comunitárias são geridas e mantidas pela sociedade civil. Apoiar e abastecer o acervo desses espaços é de extrema importância. “Essa contribuição cresce em importância se considerarmos que se trata de organização espontânea da população a favor da democratização do acesso ao livro e à cultura letrada num país reconhecido pelo distanciamento da maioria da população desse bem cultural”, explica Silvana Cóser, diretora da DILINF. A escolha das bibliotecas selecionadas para o repasse de livros foi feita pela FMC em conjunto com a Associação dos Amigos das Bibliotecas Comunitárias da Região Metropolitana de BH (SABIC) e priorizou características como tempo de atividade e frequência de leitores das unidades. Localizado em uma pequena sala do Residencial das Flores, no bairro Jaqueline, o “Cantinho da Leitura” se tornou o espaço preferido das crianças. A biblioteca comunitária fica nos fundos do imóvel e teve seu acervo triplicado com os 400 novos livros enviados pela DILINF. Embora o maior público seja infantil, a freqüência dos adultos que pegam títulos emprestados tem aumentado, pontua a voluntária Fernanda Paula da Silva. Criada em 2009, a biblioteca funciona todas as quartas-feiras, das 14h às 17h. A biblioteca comunitária Maria das Graças atende a região dos bairros Tupi e Floramar. O espaço se encontra em um quarto na Igreja Católica Nossa Senhora de Fátima, onde são ministradas aulas de catequese e do projeto Educação Para Jovens e Adultos (EJA). A aposentada e fundadora da biblioteca, Arnalda Melgaço, lamenta que a maioria das doações são compostas de livros defeituosos e em péssimas condições. Contudo, segundo ela, o repasse da DILINF incentivará a comunidade à leitura, uma vez que o novo acervo é formado por clássicos adultos e infantis das melhores editoras do Brasil.