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“BENT” em duas únicas apresentações no Grande Teatro do Palácio das Artes (27/2)

Clássico mundial da dramaturgia apresenta montagem da Associação Móbile Cultural, com direção de Kleber Junqueira Quando o dramaturgo americano, Martin Sherman, escreveu, em 1979, o roteiro da peça BENT, não imaginou que seu texto estaria tão atual nos dias de hoje. A peça, um dos grandes clássicos mundiais da cena teatral contemporânea, estreou na Broadway, no mesmo ano, e, alguns anos depois, a peça foi grande sucesso em Londres. No início dos anos 1980, foi encenada pela primeira vez no Brasil. Em 2010, estreou a versão produzida pela Associação Móbile Cultural, no Teatro Kleber Junqueira. No mesmo ano, foi vencedora do VI Prêmio Cidadania e Direitos Humanos LGBT de Belo Horizonte. O texto de Sherman narra a perseguição aos homossexuais na Alemanha durante a ascensão do nazismo. Premiada em todos os países onde foi encenada, a peça é centrada no cotidiano de dois personagens, Max e Horst, num campo de concentração, onde judeus, homossexuais e prisioneiros políticos tentam sobreviver. “O texto de BENT me dá elementos para realizar no palco o teatro com o qual me identifico. Excelente dramaturgia permite o espetacular, com todos os ingredientes para surpreender o público e, ao mesmo tempo, promover um mergulho nas emoções humanas. Uma obra que nos permite ir além da diversão, que emociona e faz pensar”, declara Kleber Junqueira. A Peça De acordo com o Dicionário da Oxford, a palavra BENT pode significar pendor ou interesse por determinada habilidade artística, além de ser um termo pejorativo para designar homossexuais. A ação se passa em 1934 e conta a história de Maximiliam Berber, um promíscuo homossexual que não acredita em relacionamentos e compromissos afetivos. Ele vive na efervescência cultural de uma Alemanha pré-nazismo, corrupta e corroída pela inflação, onde intelectuais e artistas homossexuais tentavam se estabelecer alheios às transformações políticas do país. Max é o típico homossexual com pretensão a ascender socialmente e pertencer à classe média, habitando o meio artístico de uma Berlin marginalizada. Seu cotidiano é em meio a festas e bebedeiras com amigos e amantes ocasionais. Ele divide um apartamento com Rudolf Hennings (Rudy), um estudante de balé com quem mantém um relacionamento aberto. Após uma noitada regada ao álcool e drogas, Max se vê no meio de uma disputa pelo poder no Partido Nazista. Preso pela Gestapo, nega sua homossexualidade, sendo testado pela polícia nazista ao espancar Rudy, e é levado a provar sua heterossexualidade de uma maneira mórbida pelos oficiais, sendo forçado a manter relações sexuais com o cadáver de uma moça judia. Max é levado ao campo de concentração de Dachau onde conhece Horst, um homossexual culto e militante, que assume sua orientação sexual enfrentando a repressão da sociedade, mesmo sofrendo as conseqüências. Enquanto isso, Max personifica a alienação, pois prefere esconder sua homossexualidade em detrimento da sua visibilidade social e seus riscos. Os dois vivem uma inesperada e secreta história de amor. “A peça discute o posicionamento social de Max que, à medida que nega ser homossexual, tenta ser outra pessoa e adota a mentira como única maneira de sobreviver à perseguição na sociedade, reduzida ao cotidiano do campo de concentração”, reforça Kleber. Max e Horst, enquanto realizam o trabalho inútil de juntar pedras e mudá-las de lugar, iniciam um intenso jogo de sedução, apesar de não poderem se tocar, trocar palavras ou mesmo olhar um para o outro. A atualidade do tema faz com que a relação impossível se desenvolva a partir da sugestão da palavra, e se aproxima do sexo por telefone e da projeção de fantasias que ocorre nas salas de bate-papo da internet, em que amantes virtuais trocam carícias. Em BENT, a temática da repressão à homossexualidade remete ao tempo presente, quando homossexuais são assassinados em centros urbanos por skinheads ou nas cidades do interior onde são tratados como aberrações, além do descaso das autoridades com os direitos dos homossexuais. “Kleber construiu o espetáculo com impecável conjunto de cena, incluindo cenário complexo, figurinos luxuosos, iluminação precisa, trilha sonora exclusiva e sonoplastia que surpreende o público. Ele mescla com maestria o espetacular com o humano, mergulhando fundo na alma dos personagens. É um privilégio fazer parte desta produção”, reforça o ator Mario Bruno. O Autor Martin Sherman que é judeu e gay assumido nasceu na Filadélfia (EUA), onde frequentou o Boston University College of Fine Arts e licenciou-se em artes dramáticas em 1960. Seu filme mais famoso foi adaptado do guião original de Alive and Kicking/Indian Summer, também de sua autoria. Ficou conhecido em todo o mundo pela peça BENT, que ganhou o Tony Award em 1980. Escreveu também um musical, The Boy from Oz, baseado na vida e carreira de Peter Allen, que lhe valeu uma segunda nomeação para o Tony. Escreveu duas coletâneas de peças com temática gay. A peça Rose foi nomeada para o Laurence Olivier Award como Melhor Peça em 2000 A Companhia A Associação Móbile Cultural foi criada pelo ator e diretor Kleber Junqueira e pelo produtor Jorge de Castro em 2004. A companhia atua em duas frentes: como gestora do Teatro Kleber Junqueira, onde responde pela manutenção e qualificação técnica; e com produção de espetáculos para formação de platéias e democratização dos bens culturais. “Essa ação já levou ao nosso teatro mais de 240 mil espectadores sendo, em sua grande maioria, crianças e adolescentes das escolas públicas da Região Metropolitana da capital mineira. São mais de 40 mil espectadores por ano, que assistem a teatro de qualidade com preços acessíveis, incluindo crianças de Igarapé, Ibirité, Mário Campos, São Joaquim de Bicas, Nova Lima, Betim, Contagem e Belo Horizonte que tiveram, em sua maioria, a primeira experiência com as artes cênicas no Teatro Kleber Junqueira”, declara Jorge de Castro. Além da peça BENT, a Associação Móbile Cultural participa da 37ª Campanha de Popularização de Teatro e Dança com o espetáculo “Marcelino, Pão e Vinho”, que ficará em cartaz no primeiro semestre em apresentações para a rede escolar. A companhia está remontando a peça “A Aventura do Descobrimento”, que tem estreia prevista para o segundo semestre deste ano. O Diretor Kleber Junqueira formou-se em Teatro no Palácio das Artes, em 1979. Entre os projetos como ator e diretor estão: Marcelino, Pão e Vinho (1992 e 2006); A Bela e a Fera (1995 e 2005); A Serpente (1995); A Mulher Sem Pecado (1996); Vestido de Noiva (1996); Lucrécia, o veneno dos Bórgia (1997); O Pássaro Azul (1998); A Roupa Nova do Imperador (2001); e, Drácula (2004). No cinema, atuou em O Grande Mentecapto e Uma Onda no Ar. Na TV, em A Padroeira e Linha Direta. É fundador do Teatro Kleber Junqueira BENT - Ficha Técnica Autor - Martin Sherman Tradutor - Lajosy Silva Diretor - Kleber Junqueira Elenco Max - Kleber Junqueira Rudy e Soldado - Henrique Luppi Horst – Gustavo Marquezini Greta e Soldado - Sebastião Azevedo Tio Freddie e Kapo - José Lima Wolf e Capitão - Mario Bruno Figurinos - Ricca Cenários - Kleber Junqueira, Felício Alves e Paulo Viana Iluminação - Jair Raso Assessoria de Imprensa: Ampla Soluções em Comunicação Direção de Produção – Kleber Junqueira Produção Executiva – Jorge de Castro e Milk Produtora Produção Geral – Associação Móbile Cultural Trilha Sonora - Bittencourt Ruas de Berlim Letra - Martin Sherman Tradução - Lajosy Silva Música - Ladston do Nascimento Agenda: BENT Temporada 37ª CPTD: 27 de janeiro (domingo) Horário: 17:00 e 20:00 h. Local: Grande Teatro do Palácio das Artes Ingressos: Postos da Campanha: R$12,00; Na bilheteria: R$20,00 (meia) e R$40,00 (inteira). Informações: (31) 3332-5667 / 3332-9460 Classificação: 16 anos

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