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Camaleão Grupo de Dança apresenta em BH mini-temporada de Continue Reto...
Espetáculo baseado no universo das estradas, caminhoneiros, andarilhos e viajantes retorna aos palcos da cidade nos dias 5, 6 e 7 de março, no Espaço Ambiente; Trabalho teve coreografia de Tuca Pinheiro e inspiração que vai de Bob Dylan a David Lynch e Miguel de Cervantes Após estrear em abril de 2009 na capital mineira, integrar a programação do FID (Fórum Internacional de Dança) e ser visto também no interior do estado, o espetáculo “Continue reto, sempre em linha reta! E vai com Deus...”, do Camaleão Grupo de Dança é atração em BH nos próximos dias 5, 6 e 7 de março (sexta, sábado e domingo). A breve temporada reapresenta o resultado de um intenso processo criativo de quatro bailarinos que decidiram se perder em viagens desconhecidas pelo interior do país e de um coreógrafo que foi buscar referência no movimento beatnik, nas auto-estradas e no encontro nacional de caminhoneiros. Através da dança, o espetáculo representa o homem e seus caminhos, encontros e desencontros no trajeto, chegadas e partidas. As apresentações acontecem no Espaço Cultural Ambiente (Rua Grão Pará, 185, Sta Efigênia) às 21h (sexta e sábado) e 19h (domingo). Os ingressos custam R$10 e R$5 (meia-entrada) nos três dias. Outras informações pelo telefone (31)3281.9477. O espetáculo “Continue reto, sempre em linha reta! E vai com Deus...”, teve o patrocínio da Usiminas e Arcelor Mittal, através da Lei Estadual de Incentivo a Cultura . CONTINUE RETO, SEMPRE EM LINHA RETA! E VAI COM DEUS... Difícil encontrar, na atmosfera dos sentimentos de liberdade e procura condensados pela cultura beatnik e hippie dos anos 50 e 60, uma pergunta mais suficiente que a de Bob Dylan no hino Blowin’ in The Wind: “Quantas estradas precisará um homem atravessar, antes que possam chamá-lo de homem?”. A resposta, soprada aos ventos de diferentes gerações e períodos da humanidade, despertou o interesse do Grupo Camaleão de Dança e do coreógrafo mineiro Tuca Pinheiro, imbuídos da criação de um espetáculo que considerasse, como mote de investigação, o homem e suas inquietações no espaço, rompendo fronteiras, movendo, deslocando, abrindo caminhos, indo ao encontro de seu destino, perdendo-o, assumindo-se como móvel e perpétuo andarilho. Partindo da vasta consonância de referências que alinham Miguel de Cervantes e seu cavaleiro errante da Triste Figura; Jack Kerouac e as aventuras na Rota 66 que deram origem à obra “On the Road”; Christopher McCandless e suas peregrinações documentadas em “Na Natureza Selvagem”; David Lynch, Cao Guimarães e outros artistas que correram o olhar sobre viagens e estradas, chegou-se também ao universo de profetas e líderes reais ou fictícios, missionários, lunáticos e tantos outros nômades, desbravadores de si mesmo, que constituem este arquétipo. CAMINHOS E CAMINHONEIROS DO BRASIL Investindo na participação dos bailarinos-criadores Tiça Pinheiro, Lívia Espírito Santo, Rouglas Fernandes e Pedro Romero, o grupo encontrou no Brasil e em suas estradas um objeto possível de investigação. Cada um deles aceitou o desafio de viajar pelo interior do país, sem roteiro prévio, para uma cidade que nunca tinha ouvido falar, valendo-se de caronas, informações de desconhecidos e novas descobertas. O coreógrafo também buscou suas pistas no Encontro Nacional de Caminhoneiros, às margens da Via Dutra, em São Paulo, uma das mais movimentadas rodovias brasileiras. A dificuldade do desapego, a experiência do contato com personagens efêmeros, redes de relacionamento e cidadania em trânsito, além de realidades de risco, como a dos excessos de velocidade ou da prostituição na beira das estradas, dotou a criação de uma particularidade necessária ao fim desse trajeto. Segundo a diretora geral do espetáculo e do grupo Camaleão, Marjorie Quast: “É importante dizer com o movimento da dança, a função desta pesquisa e experimentação que fizemos. O principal elemento do trabalho foi a criação coletiva, da qual já tínhamos nos aproximado no último espetáculo e que agora foi bastante aprofundada. Esperamos transmitir isso tudo ao público”. FICHA TÉCNICA Direção Geral: Marjorie Quast Direção Coreográfica: Tuca Pinheiro Coreografia: Tuca Pinheiro e Grupo Camaleão Assistente de Direção: Inês Amaral Intérpretes Criadores:Joana Wanner, Tiça Pinheiro, Rouglas Fernandes e Pedro Romero. Coordenação Técnica: Bruno Rodrigues Projeto de Luz: Telma Fernandes Operação de Luz: Cristiano Medeiros Figurinos: Ananda Sette – Botões Cenário e Adereços: Grupo Camaleão Pesquisa da Trilha Sonora: Tuca Pinheiro Edição da Trilha Sonora: Kiko Klaus CAMALEÃO GRUPO DE DANÇA Fundado em 1984 por Marjorie Quast, o Camaleão Grupo de Dança faz jus ao nome. É um grupo que transforma seu pensamento e sua dança ao longo dos anos, investindo em novos caminhos e propondo novas possibilidades de pesquisa e criação em dança contemporânea. Hoje, é uma companhia estável, com trabalho coeso e uma estrutura que permite aos seus componentes (quatro dançarinos/ criadores, direção e assistência) trabalharem com autonomia. Tem em seu repertório 12 montagens de destacados profissionais nacionais e internacionais. ÚLTIMAS PREMIAÇÕES -2008. Prêmio Sesc / Sated - MG 2008 Melhor Espetáculo: “Tá Passando” Melhor Direção: Marjorie Quast (Espetáculo “Tá Passando”) -2008. 5º Prêmio Usiminas / Sinparc Dança 2007 Melhor Bailarina: Clara Lodi (Espetáculo “Tá Passando”) Melhor Figurino: Marjorie Quast (Espetáculo “Tá Passando”) -2007. Prêmio Funarte Petrobrás de Circulação Nacional de Dança Turnê Nordeste: João Pessoa, Campina Grande, Recife e Maceió (Espetáculo “Tá Passando”)
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