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Lélia Parreira Duarte lança livro e exposição na Casa dos Contos
Combinar a composição da pintura com os artifícios da construção literária. Essa miscigenação resultou no livro Exercício de viver em palavra e cor, da artista plástica e doutora em literatura Lélia Parreira Duarte. O livro, que mescla poemas com obras de arte, é lançado hoje juntamente com a exposição de mesmo nome, na Casa dos Contos. Com curadoria de Glauco Morais, a mostra fica em exibição até 6 de abril. Composta por 30 quadros feitos com aquarela sobre papel e acrílicas sobre tela, a exposição de Lélia reúne obras que mostram seu dom de pintar paisagens, figuras geométricas e humanas, misturando cores vivas com poemas de sua autoria. “Alguns anos atrás fiz uma exposição na PUC reunindo poemas e pinturas. Depois de realizar diversos cursos, retomei o sonho provocado por aquela mostra: publicar um livro com poemas e quadros”, afirma a artista. Ela conta que apresentou o projeto de sua futura publicação a Helton Gonçalves de Souza, da editora Veredas & Cenários, que não só acolheu a idéia como fez a edição reunindo 41 poemas e 26 quadros. “Ele sugeriu ainda que eu realizasse o lançamento do livro em um espaço que comportasse uma exposição dos quadros. Foi então que procurei Glauco Moraes, que ofereceu seu belo espaço na Casa dos Contos”, diz. Doutora em Literatura Portuguesa, a artista conta que seu interesse pela pintura surgiu a partir do mestrado. “Intensifiquei a busca no meu estudo e nas minhas aulas, a partir de uma contextualização cultural da obra literária, relacionando-a naturalmente a outras artes cênicas, especialmente à pintura. Sou fascinada pelos movimentos artísticos que avançam no tempo, quebrando padrões e destituindo verdades, em busca de uma liberdade que livre o ser humano das certezas que o sufocam”, explica a artista, citando que suas principais referências literárias estão em autores como Fernando Pessoa, Camilo Pessanha, Mário de Sá-Carneiro, Augusto Abelaira, Guimarães Rosa, Drummond e Orides Fontela, bem como em teóricos como Roland Barthes, Michel Foucault, Maurice Blanchot e Giorgio Agamben. Sobre a artista Natural de Pains, interior de Minas Gerais, Lélia Parreira Duarte se mudou para Belo Horizonte em busca de novas oportunidades de estudo. Formou-se em Letras na UFMG, onde foi aprovada no concurso para ministrar aulas de Literatura Portuguesa. Posteriormente, foi convidada a integrar o corpo docente do Programa de Pós-graduação em Letras da PUC Minas, onde leciona e orienta dissertações de Mestrado e teses de Doutorado. Mestre em Literatura Brasileira, pela Faculdade de Letras da UFMG, e doutora em Literatura Portuguesa pela USP, Lélia complementou seu currículo com pós-doutorado na Universidade de Lisboa. Além de Exercícios de viver em palavra e cor, ela tem publicado o livro Ironia e humor na literatura. Incentivada pelo professor de pintura de seu pai, Carlos Buere, o qual a orientou em suas primeiras pinceladas, Lélia iniciou as aulas e, desde então, não parou mais. Estudou com Avany Souza Silva, com quem aprendeu a pintar utilizando tinta acrílica. Em seguida, freqüentou aulas na Maison Escola de Arte, onde estimulada por Glauco Moraes, fez o curso “Possibilidades”, com Yara Tupinambá, Léo Brizola, Marcelo AB e Fernando Pacheco. Hoje freqüenta o curso de Sandra Bianchi, com o objetivo de aprender a desenhar a figura humana.
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