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Moacyr Scliar lança livro na Academia Mineira de Letras

Moacyr Scliar nasceu em Porto Alegre, em 1937. É um dos mais conhecidos escritores brasileiros da atualidade. Formado em Medicina, trabalha como médico especialista em saúde pública e é professor universitário. É o sétimo ocupante da cadeira 31 da Academia Brasileira de Letras. Foi eleito em 31 de julho de 2003, na sucessão de Geraldo França de Lima, e recebido em 22 de outubro de 2003 pelo acadêmico Carlos Nejar. Scliar publicou mais de setenta livros, entre crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil. Seu estilo leve e irônico lhe garantiu um público amplo de leitores, tendo recebido antes uma grande quantidade de prêmios literários, como o Jabuti (1988, 1993 e 2009), o da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) em 1989 e o Casa de las Américas, em 1989. Em 2002, um dos romances de Scliar, Sonhos Tropicais, foi adaptado para o cinema, sob a direção de André Sturm, com Carolina Kasting, Bruno Giordano, Flávio Galvão, Ingra Liberato e Cecil Thiré no elenco. O filme relata o combate à febre amarela no Rio de Janeiro, comandado pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz, e a resistência da população à vacinação obrigatória, que resultou na chamada Revolta da Vacina. Em paralelo, é narrada a história de uma jovem judia polonesa, que imigra para o Brasil em busca de uma vida melhor, mas acaba por se prostituir. O livro Vencedor do Prêmio Jabuti de 2009, o livro “Manual da paixão solitária” se baseia no capítulo 38 do Livro do Gênesis, que conta a estranha história do patriarca Judá, de seus três filhos Er, Onan e Shelá, e da jovem e bela Tamar, que se envolveu com todos eles. É sobre essa história que se debruça um grupo de especialistas em estudos bíblicos, em seu congresso anual, para tratar de entender um pouco melhor aqueles tempos e costumes que fundaram os nossos. Um historiador consagrado e uma antiga aluna, antagonistas desde sempre, são os principais oradores. Seus relatos darão vida a uma história de paixões e desejo que acabará por envolvê-los, também, em sua trama. Depois de A mulher que escreveu a Bíblia e Os vendilhões do Templo, Moacyr Scliar retoma um relato bíblico para contá-lo a partir de um ponto de vista surpreendente, engraçado e provocador. Uma história narrada com imaginação, compaixão e humor, explorando os aspectos tragicômicos dessa trama insólita, associando-a inclusive à conjuntura do mundo em que vivemos e mostrando a permanência dos grandes temas da condição humana.

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