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Bailarinas dançam a mulher no novo espetáculo da Quick

No mês de março, quando se comemora mais um Dia Internacional da Mulher, em meio às propagandas de cosméticos e aos anúncios de moda, entre os debates e reportagens das revistas especializadas, a Quik Cia. de Dança, de Minas Gerais, transporta para o palco uma homenagem especial em seu novo espetáculo. “Mulher Mulheres”, quarta montagem da Quik em oito anos de trajetória, estréia nos dias 14 e 15/03 (sábado e domingo), no Teatro Sesiminas, em Belo Horizonte, às 21h e 19h, respectivamente. Três bailarinas-coreógrafas (Letícia Carneiro, Kika Brant e Sandra Santos) apresentam uma narrativa poética e intimista sobre o aspecto revelador, apaixonado, forte, engraçado e sublime da figura feminina. O teatro Sesiminas fica na Rua Padre Marinho, nº 60, no bairro Santa Efigênia. Os ingressos custam R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia-entrada). O espetáculo é patrocinado pelos Correios. As três bailarinas desenvolveram a pesquisa e a criação da montagem com orientação dramaturgica e artística de Tarcísio Ramos Homem e leituras de escritoras como Clarice Lispector e Clarissa Pinkola Estées, textos publicitários e estudos antropológicos sobre o tema. Colaboraram com a pesquisa inicial as bailarinas e pesquisadoras Paola Rettore, Gabriela Christófaro e Ana Maria Fernandes. Participaram também da criação profissionais como Silma Dornas (figurino), Lucas Miranda (trilha), Leonardo Pavanello (iluminação), Alexandre Pires (vídeo artista) e Rodrigo Quik (cenografia). SOBRE O ESPETÁCULO “MULHER MULHERES” Assim como a dança, substantivo feminino, a mulher é um composto de vontades, descobertas, transformações e partes do corpo. Fiéis a esta semelhança, três bailarinas, mães, intérpretes e coreógrafas vivenciam no palco os seus próprios questionamentos e complexidades como um microcosmo da figura feminina na sociedade contemporânea. Juntas, elas atravessam um terreno de coreografias utilizando elementos simples e de forte referência, como vestidos e sapatos de salto alto coloridos. Intervenções em vídeo, texturas minimalistas de iluminação e uma trilha sonora ao mesmo tempo urbana e universal complementam o auto-retrato desta mulher singular revelada ao público. Imersas em um jogo de luz e sombra, inicialmente, as mulheres abrem as janelas e oferecem aos olhares dos espectadores a entrada por seus caminhos secretos, que revelam as passagens transformadoras entre os seus estados. Trazem para o palco solos que refletem pessoalidades e particularidades. Representam confissões pinçadas no cotidiano e partilhadas entre elas. A história começa sendo contada “elas por elas mesmas”, de forma lírica, dramática, introspectiva e bem humorada. O espetáculo não é totalmente denso e traz um vazio a ser preenchido, a busca pela essência, a mulher e seus impulsos. O sonho de idealização da “menina-bailarina-na-ponta-dos-pés” se contrasta, durante o espetáculo, com o frenetismo imposto ao sexo feminino diariamente. Em meio à paisagem sonora do caos, da disputa pelo espaço, a mulher não pára. Sobe e desce. Carrega na leveza do seu ser a responsabilidade do cotidiano. Fica entediada. Expõe sensações que não se traduzem. Rompe com o sonho. Samba, rebola, requebra, mexe-mexe e mostra ao público o prazer e a felicidade em ser o que é.

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