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“O Rinoceronte” faz nova temporada em março.
O espetáculo teatral “O Rinoceronte”, com direção de Rita Clemente, estará de volta em cartaz em março. Depois de uma bem-sucedida temporada de estréia em dezembro, a peça poderá ser conferida novamente nos dias 10, 11, e 12 de março no teatro João Ceschiatti, no Palácio das Artes. O espetáculo é o resultado final da jornada de três anos da turma de formandos de 2007 do curso profissionalizante de teatro do CEFAR. Agora, os próprios atores assumem a produção e iniciam uma trajetória profissional. O “Rinoceronte” foi criado a partir da obra homônima de Eugène Ionesco, dirigido pela atriz e diretora Rita Clemente. Compondo a equipe principal, estão Raul Belém Machado, assinando cenografia e figurino; Silvana Stain, responsável pela preparação vocal; Lúcia Ferreira, na preparação corporal e Richard Zaira na iluminação. Durante a peça, que é considerada um dos marcos na categoria do Teatro do Absurdo, a passagem repentina de um rinoceronte causa grande alvoroço nos moradores de uma pacata cidade onde nada de extraordinário acontece. A origem insólita do paquiderme vai, aos poucos, sendo revelada à medida que esses animais começam a se proliferar de forma incontrolável. A epidemia de rinocerontes transforma dramaticamente os hábitos e os pensamentos dos habitantes da cidade. A partir do texto clássico de Ionesco, o espetáculo foi construído com a inserção de elementos que lhe deram nova identidade. Uma forte inspiração foi a Pop Art, movimento artístico da década de 60, que tinha o objetivo da crítica irônica ao bombardeio da sociedade pelos objetos de consumo e sua conseqüente massificação com a ajuda da publicidade. O resultado é uma abordagem inusitada e contemporânea que conta com doses da cultura pop e de novos contextos absurdos. Para os atores, o espetáculo representa muito mais que uma simples remontagem, visto que os textos clássicos são sempre fontes inesgotáveis de releituras que se recontextualizam em diálogo com um novo tempo e uma nova sociedade. Desta forma, definiu-se uma obra reconfigurada a partir da interação de elementos formais e experimentais que conferem verdadeiro valor artístico ao trabalho. Com uma dramaturgia crítica e um texto sagaz, “O Rinoceronte” tenta chamar a atenção para as falácias do cotidiano com as quais nos acostumamos e convencionamos a considerar “normal”. Uma peça que tem em sua essência o questionamento de velhos hábitos e comportamentos enraizados, e da própria condição humana, possibilita a apresentação da realidade sob um ponto de vista inusitado, incitando um pensamento crítico sobre o ser humano e sobre o mundo.
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