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No Observatório, cerca de 500 pessoas se reúnem todo domingo para dançar ao som da sanfona, da zabumba e do triângulo. Rostinho colado, mãos na cintura ou até mesmo um arrasta-pé de queimar as sandálias. Há pelo menos 10 anos, o forró deixou de ser apenas um baile tradicional nordestino para agitar as casas noturnas do sul e sudeste do país. Em Belo Horizonte, o chamado forró universitário, surgido em meados dos anos 2000, entre universitários de São Paulo e da região de Itaúnas, no Espírito Santo, conquistou os jovens e trouxe de volta o jeito romântico e melódico do forró pé de serra, o baião e o xote de Luiz Gonzaga. Ao contrário do que muitos diziam, o forró não foi mais uma moda passageira e se estabeleceu como uma ótima opção para curtir a noite, renovando-se a cada ano com o surgimento de novas bandas e projetos. Os sons da sanfona, zabumba e do triângulo fazem tanto sucesso que alguns locais dedicam uma noite inteira por semana somente a eles. Um dos mais conhecidos e frequentados projetos de Belo Horizonte acontece todo domingo, a partir das 19h, no Observatório Bar, ao som mecânico dos Dj’s Henrique Meteoro, Alex Delega e Rodrigo Mandi. De acordo com Dj Henrique, o projeto consiste na valorização de músicas de artistas consagrados, como o Trio Nordestino e Luiz Gonzaga, além de novos trios que seguem à risca a formação e o som originais. Para ele, é importante preservar as raízes do forró, afinal, trata-se de uma manifestação cultural brasileira. O projeto Forró do Observatório teve início há sete anos. De acordo com Henrique, hoje em dia, o público que frequenta o forró é mais fiel, possui maior grau de escolaridade e não tem mais o antigo estereótipo de forrozeiro. “São pessoas de bem com a vida, que vão para paquerar, dançar ou apenas para curtir o ambiente”, diz. O Observatório Bar fica na Rua Senador Milton Campos, 230, Belo Horizonte. Telefone para informações 3286-3581.