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FMC recebe representantes das artes cênicas e promove entrevista coletiva com Diretor do FIT
Na manhã de sexta-feira, dia 19, a presidente da Fundação Municipal de Cultura - FMC, Profª Thaïs Velloso Cougo Pimentel, o Diretor de Teatros e Diretor do Festival Internacional de Teatro Palco & Rua – FIT, Carlos Rocha e o Diretor Especial de Equipamentos Culturais, Rodrigo Barroso Fernandes receberam na sede da FMC representantes do legislativo municipal e do setor das artes cênicas para falar sobre a decisão do adiamento da 10ª edição do FIT para 2011. À tarde, o Diretor Carlos Rocha concedeu entrevista coletiva para a imprensa no auditório da FMC, localizada na Rua Sapucaí, nº 571 – Bairro Floresta. No encontro com a presidência e diretores da FMC estiveram presentes Arnaldo Godoy (Vereador), Rômulo Duque (SINPARC), Carlut Ferreira (MTG), Geraldo Octariano (SATED), Leonardo Lessa (Teatro Invertido), Léo Quintão e Ítalo Laureano. A presidente da FMC, Profª Thaïs Velloso Cougo Pimentel confirmou as informações divulgadas ontem durante entrevista coletiva sobre o adiamento do FIT, justificando que a mudança no calendário do Festival é uma decisão madura e que foi baseada em avaliação da direção do FIT sobre a dificuldade da curadoria para a composição de uma programação de espetáculos expressiva em comemoração às dez edições do Festival. Em seguida, o Diretor de Teatros e Diretor do FIT, Carlos Rocha informou sobre as dificuldades da produção do Festival em anos de Copa do Mundo, decorrentes da coincidência dos calendários. “O FIT começa em agosto para o público, mas a pré-produção e a produção começam um ano e meio antes do início do Festival”, disse. Rocha explicou que a realização do FIT nos anos de Copa dificulta a captação de recursos com as empresas privadas, já que estas privilegiam os investimentos no evento esportivo. Além disso, a produção e a logística do Festival também têm de lidar com custos mais elevados, pois a realização da Copa acarreta o aumento do valor de passagens aéreas e dos cachês dos espetáculos. “O mercado de artes cênicas internacional é extremamente profissional. Lidamos com uma grande dificuldade para conseguir a agenda dos grupos estrangeiros, que estão mobilizados pela alta temporada européia. Os meses ideais para a realização do FIT são junho e julho.”, afirmou Rocha. Carlos Rocha esclareceu que as dificuldades enfrentadas pela curadoria do Festival se referem à escolha dos espetáculos internacionais, que é sempre feita com a presença dos curadores nos eventos estrangeiros. “Este é um dado real. As artes cênicas passam por uma sazonalidade na oferta de espetáculos e no ano passado não encontramos espetáculos à altura da 10ª edição do FIT. Não realizamos curadoria por DVD ou gravações. Precisamos assistir às peças e avaliar não só sua proposta estética, mas sua relação com Belo Horizonte. Em nenhum momento foi colocada em dúvida a qualidade das produções dos grupos locais e nacionais, que ainda estão em processo de seleção pela comissão do Festival”, afirmou. Os representantes das Artes Cênicas discutiram a possibilidade de realização de uma edição de transição do FIT, composta por uma programação com ênfase nos espetáculos nacionais e locais. A presidente da FMC garantiu que a proposta será avaliada pela diretoria executiva e a decisão será comunicada nos próximos dias. Coletiva Durante entrevista coletiva realizada na sede da FMC, o Diretor de Teatros e Diretor do FIT, Carlos Rocha, esclareceu alguns pontos questionados pelos jornalistas sobre o adiamento da 10ª Edição do Festival Internacional de Teatro – FIT para 2011. Rocha justificou que a mudança no calendário do FIT é uma decisão dura, porém sensata. “A solicitação para a alteração do calendário do Festival para anos ímpares é uma demanda desde o início de sua produção”, informou. O Diretor ratificou as informações passadas durante a reunião com os representantes e detalhou as dificuldades encontradas pelos curadores do FIT para compor uma grade de espetáculos internacionais condizentes com a comemoração da 10ª Edição do Festival. “Em 2008, a curadoria lidava com 50 espetáculos ótimos, dos quais selecionavam 12 ou 15 para o FIT. Neste ano, devido a uma oferta insuficiente de bons espetáculos, havíamos pré-selecionado apenas 16 obras, inclusive com propostas parecidas. Dessa maneira, avaliamos que a edição do FIT em 2010 não se sustentaria do ponto de vista conceitual e estético e optamos pelo adiamento para garantir a Belo Horizonte um Festival grandioso.” Rocha reafirmou que o adiamento do FIT não foi motivado por falta de recursos. O diretor salientou que a equipe do Festival já está trabalhando para a produção da 10ª edição do FIT em 2011, com a continuidade das viagens de curadoria, e garantiu que a situação dos espetáculos locais em processo de seleção para este ano está sendo cuidadosamente avaliada.
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