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Usiminas Belas Artes exibe Ópera do Metropolitan de Nova York

Depois do sucesso das exibições de “Orfeu e Eurídice” e “Lúcia de Lammermoor”, o Usiminas Belas Artes Cinema exibe nos próximos dias 22 e 24 de março, mais um espetáculo da primeira temporada brasileira do Metropolitan Opera de NY: “Madame Butterfly”, de Giacomo Puccini. Um dos trabalhos mais famosos de Puccini, conduzido pelo maestro Patrick Summers, “Madame Butterfly” traz no elenco principal a soprano Patricia Racette, a mezzo-soprano Maria Zifchak, o tenor Marcello Giordani e o barítono Dwayne Croft. O espetáculo, um dos mais aguardados do Metropolitan, será exibido simultaneamente em várias cidades do Brasil nos dias 22 de março, às 17hs e 24 de março, às 19hs. Ingressos a R$ 25,00 inteira e R$ 12,50 meia. A personagem-título de Madame Butterfly – uma jovem gueixa japonesa que se agarra à crença de que seu casamento arranjado com um oficial da marinha americana é amoroso e permanente – é um dos papéis mais marcantes da ópera, e tão convincente e trágico quanto qualquer grande símbolo da arte dramática. Um dos motivos da permanência de Madame Butterfly no imaginário popular está no fato de que a própria menção do título estimula idéias sobre imperialismo cultural e sexual, mesmo para pessoas distantes da cultura operística. O cinema, a Broadway e a cultura popular como um todo se utilizaram abundantemente da história e fizeram do papel-título um ícone. Mas a ópera em si não busca nem enfatizar nem evitar esses aspectos do enredo, focando mais nos personagens como pessoas reais do que nas intrincadas questões de poder. A ópera sobreviveu a uma desastrosa estréia e foi imediatamente reformulada, obtendo grande sucesso na província de Brescia meses depois, em seguida em Paris e, logo, ao redor do mundo. A beleza lírica da música minuciosamente concebida para o verossímil papel-título faz de Madame Butterfly uma obra atemporal. Os Criadores Giacomo Puccini (1858-1924) foi imensamente popular em seu tempo, e suas obras permanecem como atrações fixas no repertório da maioria das companhias de ópera do mundo. Suas óperas são celebradas pela maestria nos detalhes, pela sensibilidade nos temas do dia-a-dia, pela economia e riqueza melódica. Os libretistas de Puccini para Madame Butterfly, Giacomo Giacosa e Luigi Illica, também colaboraram com o compositor em suas duas óperas anteriores, Tosca e La Boheme (ambas, ao lado de Butterfly, estão entre seus trabalhos mais bem sucedidos). A ópera é baseada na peça Madame Butterfly, do dramaturgo e produtor David Belasco (1853-1931), um gigante do teatro americano e uma fascinante figura, cujas ousadas inovações trouxeram um novo nível de realismo e vitalidade para os palcos. O Cenário A história se passa na cidade portuária de Nagasaki na virada do século XX, um tempo de expansão da presença americana no país. O Japão estava hesitantemente definindo o seu papel mundial, e Nagasaki era um dos únicos portos do país a ter abertura para navios de outros países. Casamentos temporários para marinheiros estrangeiros não eram incomuns. Vários outros períodos históricos foram usados nas adaptações dessa obra, mas os conflitos culturais entre ocidente e oriente, como aconteciam em 1900, não podem ser facilmente deixados de lado nesse trabalho, não importa em que época ele estiver situado. A Música Puccini alcançou um novo nível de sofisticação no uso da orquestra nessa ópera, com sutis sonoridades e coloridos permeando a trilha. O coro é tão imaginativo quanto eficaz, ainda que contido em alguns momentos, como na entrada dos parentes no Ato I e o enigmático “Coro Sussurrante” no Ato II. De todo modo, a ópera se apóia como poucas outras no canto da personagem-título: ela permanece no palco na maior parte do tempo e é a única personagem que passa por um desenvolvimento verdadeiro (e trágico). A soprano que canta o papel, um dos mais difíceis do repertório, deve transmitir um espantoso leque de emoções e características, que vão do etéreo (sua entrada) ao carnal (o dueto de amor do Ato I), do pungente (seu comportamento com os outros personagens japoneses no Ato II) ao onírico, beirando a insanidade (a famosa ária “Um bel di”), chegando à resignação na cena final. As habilidades vocais necessárias para dar vida a esse complexo personagem são singulares no universo da ópera. Madame Butterfly no Met Madame Butterfly teve sua première no Met em grande estilo, com Puccini na platéia e Enrico Caruso e Geraldine Farrar nos papéis principais. Puccini sempre afirmou que a voz de Farrar era muito pequena para o papel, ainda que ela tenha cantado, com grande aprovação do público, 139 vezes nos 15 anos seguintes. Em 1922, Joseph Urban produziu uma versão que perdurou 36 anos. Temporariamente fora da programação durante a Segunda Guerra Mundial, Madame Butterfly retornou aos palcos do Met em 1946 e funcionou bem nas vozes de Licia Albanese (72 apresentações) e Dorothy Kirsten (68 apresentações) pela próxima década e meia. Na produção de 1958, Yoshio Aoyama e Motohiro Nagasaka dispensaram as divisórias de papel de arroz mencionadas no libreto para o segundo ato, considerando aquele detalhe “totalmente antijaponês”. Essa produção apresentou os talentos de Renata Scotto (estreando em 1965), Teresa Stratas, Pilar Lorengar, Martina Arroyo, Raina Kabaivanska, Leontyne Price e Diana Soviero, e foi substituída pela versão de Giancarlo del Monaco de 1994, estrelando Catherine Malfitano como a heroína.

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