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CRAV inaugura nova sede com três dias de intensa programação cultural

O Centro de Referência Audiovisual já está de casa nova. Completando 16 anos em 2008, o CRAV agora está sediado no Casarão Amarelo da Avenida Álvares Cabral, número 560, imóvel tombado pelo Patrimônio Cultural de Belo Horizonte. A inauguração acontece para convidados no próximo dia 28 de abril, às 16h, e para o público no dia 29, às 17h. A série de atividades culturais, que se estende até o dia 30, inclui exposições, mostras de filmes e shows musicais. Toda a programação, gratuita, é uma promoção da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura e do CRAV. Exemplo da arquitetura residencial da década de 1920, de estilo eclético e influenciado pelo art-noveau, o Casarão foi projetado pelo arquiteto e pintor mineiro Luiz Signorelli, um dos fundadores e organizador da Escola de Arquitetura da UFMG, formado pela Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. O conjunto do terreno é composto por uma construção em dois pavimentos, térreo e porão, jardim externo de entrada, áreas laterais e uma extensa área interna de fundo, que abrigará futuramente um prédio anexo. Com a nova sede, o CRAV, fundado em 1992, vai ampliar sua atuação, dando maior projeção às ações culturais e educativas voltadas à formação de uma cultura cinematográfica independente. Assim, o CRAV consolida-se como instituição destinada a ser um centro de excelência em acervo, pesquisa, produção e divulgação do cinema mineiro e nacional. O Centro de Referência Audiovisual abriga agora acervo de filmes, vídeos e acervo digital em salas com climatização ambiental, sendo a primeira instituição de Minas a contar com essa tecnologia; área para catalogação, revisão e inventário fílmico; estação de digitalização (ilhas de edição e laboratório de som); biblioteca, sala para cursos e oficinas e sala de exibição (30 lugares); sala de consulta ao acervo; além de serviços técnicos de captura, tratamento, edição, pós-produção, masterização e copiagem de documentos audiovisuais.

Climatização e Organização do Acervo
O novo espaço oferece condições ambientais e técnicas adequadas ao recebimento e acondicionamento de acervos fílmicos e videográficos. Atualmente o seu arquivo conta com, aproximadamente, 20.000 películas e 8.000 títulos em vídeo, além de rico acervo correlato, como fotografias e cartazes de cinema. O Casarão abriga reserva técnica climatizada com uma antecâmara e três depósitos climatizados em temperatura e umidade relativa controladas, seguindo os parâmetros do IPI (Índice de Permanência de Imagem). Além disso, foi implantada uma área de trabalho de acervo com mesas de revisão e higienização de películas e materiais iconográficos. Há a sala de consulta para atender pesquisa, que é também sala de revisão de fitas magnéticas - VHS, Super-VHS, Betamax, Betacan, U-Matic, Hi-8. O CRAV está implantando, ainda, dois laboratórios audiovisuais para processar o acervo, constituído de mesa de montagem cinematográfica (moviola), câmeras cinematográficas, mesas de edição de imagem e mixer de som, além de moviola com telecine. O acervo fílmico do CRAV é composto de películas em 35mm, Super-8 e principalmente 16mm. Estão incluídos fundos família (imagens de família abrangendo BH e MG); fundo TV Globo, que constitui um rico acervo de telejornais e reportagens, matrizes originais das décadas de 1970 e início de 1980, antes da transmissão em videotape em Belo Horizonte; fundos de cineastas mineiros como Schubert Magalhães, Prof. José Américo, Thierson, Tony Vieira, Armando Sábato e Paulo Pereira, além do acervo da CEMIG. Merecem destaque o documentário Reminiscências, de Aristides Junqueira, que contém as mais antigas imagens preservadas do cinema brasileiro, feitas em Belo Horizonte no período de 1909 a 1924; O Despertar do Horizonte, de Zoltan Gluek, com imagens de várias épocas da capital mineira no século passado e, ainda, uma cópia do Minas Antiga, filme que reúne imagens documentais de Igino Bonfioli.
Projeto “Memória da Participação dos Trabalhadores na Construção de Belo Horizonte”
O CRAV desenvolve pesquisas que privilegiam aspectos da vida cultural e social de Belo Horizonte, cumprindo o papel de relacionar diferentes períodos históricos do desenvolvimento da cidade à sua memória cultural. Em 2006, foi finalizado o projeto “As Religiões Afro-brasileiras em Belo Horizonte” que gerou um documentário e um catálogo sobre o tema. Neste ano, serão finalizados os projetos: “Memória da Música Erudita em Belo Horizonte” e “Memória da Participação dos Trabalhadores na Construção de Belo Horizonte”.
“Núcleo Olhar Brasil”
A Fundação Municipal de Cultura foi selecionada pelo Ministério da Cultura para integrar a Rede Olhar Brasil, programa de formação e aprimoramento profissional e artístico de técnicos e realizadores de cinema. A Rede consiste na interligação de 11 Núcleos de Produção Digital no país, que funcionarão como centros de produção, formação e difusão cinematográfica. Dividido em duas áreas de atuação, o Núcleo de Produção Digital abrange a formação, por meio de cursos de iniciação e especialização em cinema digital e a produção cinematográfica, que vai apoiar o realizador independente por meio da cessão de equipamentos de captação e finalização. Dando início às ações do Núcleo Olhar Brasil, o CRAV realiza em maio uma Oficina de Fotografia de Cinema.
“BHIS + Recine – Belo Horizonte Imagem e Som”
Promovido anualmente em parceria com o Arquivo Nacional e a AACRAV (Associação dos Amigos do CRAV), o BHIS + Recine concretiza-se como projeto de formação de novos documentaristas. São oferecidas oficinas nas áreas de pesquisa, produção e finalização de filmes. Os participantes trabalham juntamente com a equipe técnica do CRAV na produção de documentários, exercitando a experimentação cinematográfica por meio da releitura contemporânea dos acervos audiovisuais do CRAV. Mais informações: 3277-4699 / 3277-4773

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