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Centro Cultural UFMG apresenta "Cidade Hip Hop"
Promover discussões sobre o papel sociocultural do Hip Hop, refletir sobre suas técnicas e nas várias formas com que ele se relaciona com o espaço urbano, esses são alguns dos motes da primeira edição do Cidade Hip Hop. Tendo como palcos o Centro Cultural UFMG e o Lapa Multshow, suas atividades integram o Conexão Vivo, iniciativa da Vivo voltada ao desenvolvimento do setor musical brasileiro, e acontecerão entre os dias 11 e 15 de Maio. Com atrações que compõe a cena da capital mineira e importantes nomes vindos de diferentes partes do Brasil e da América Latina, o evento mostrará um pouco dos saberes que estão sendo produzidos sobre o Hip Hop. A programação conta com exposições, workshops, debates, lançamento de livro e apresentações artísticas. Além disso, sua temática envolve a discussão sobre a cidade dentro de um ponto de vista simbiótico: a cidade é o Hip Hop e o Hip Hop é a cidade. Segundo o coordenador do evento, Romulo Silva, há em Belo Horizonte um significativo e crescente número de projetos ligados ao movimento Hip Hop. Por isso, ressalta a importância não só de promover a troca de experiências, mas também para abrir um espaço de diálogo com a comunidade. “É preciso que as pessoas entendam que Graffiti não é pichação e que Hip Hop não é só Rap“, aponta. Hip Hop A cultura do Hip Hop teve início no final da década de 1960, nos Estados Unidos, abordando temas relacionados a conflitos sociais e violência urbana. Naquela época, via-se em todos os lugares pessoas com roupas coloridas, óculos escuros, tênis de botinha, luvas, bonés e um enorme rádio gravador, mostrando os primeiros passos do que se tornaria mais tarde uma cultura bem mais complexa. O termo Hip Hop, dizem, que foi criado em meados de 1968 por Afrika Bambaataa. Ele teria se inspirado na forma pela qual se transmitia a cultura dos guetos americanos e na maneira de dançar popular na época, que era saltar (hop) movimentando os quadris (hip). Hoje, o Hip Hop é um movimento que reinvidica espaço e voz, e que se traduz em letras questionadoras, ritmo intenso e imagens graffitadas pelos muros das cidades. Sua estrutura é formada por quatro elementos (atividades) baseados na criatividade: o canto e a consciência, por meio do rap - rhythm and poetry, ou seja, ritmo e poesia, que é a expressão musical-verbal da cultura, a instrumentação do DJ, a dança do break e a pintura do graffit, que representa a arte plástica, expressa por desenhos coloridos nas ruas das cidades. É comum ouvir que, ao contrário de outros estilos, o Hip Hop não pode ser consumido, tem que ser vivido. Ele seria um estilo de vida, uma ideologia a ser seguida. Imersa no ambiente urbano, essa cultura toma forma na aglomeração de pessoas e de objetos (edifícios, casas, ruas), que se organizam criando uma paisagem única de sons, cores e movimentos. Hip Hop e a Cidade Para além da questão geográfica, a cidade pode ser entendida como um espaço simbólico de familiaridade e identidade, ou mesmo um lugar de fala, onde percebemos e convivemos com diversidades. Talvez aqui caiba recuperar o conceito de Lefebvre, que caracteriza a cidade como "projeção da sociedade sobre um dado território". Aqui, nesta Cidade Hip Hop, esse território é colorido com grafitti e audiovisual, suinguado com música (MCs), dança (breaks) e pensado com literatura e debate.
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