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Casa Fiat de Cultura e Sempre Um Papo abrem o Seminário “Felicidade? – com Marcia Tiburi e convidados”

A Casa Fiat de Cultura e o Sempre um Papo retomam a série de seminários realizados desde 2009, nesta edição, com o tema “Felicidade? - com Marcia Tiburi e convidados”. São seis encontros que vão trazer à tona este desejo universal, mas que tem uma história bem mais complexa relacionada à filosofia e, ao ramo da filosofia, prática chamada de ética. Questão cultural geral, a felicidade interessou a todos em tempos e espaços diferentes. Literário e poética, o tema não deixa de ser o foco humano em tempos modernos e virtuais. O seminário conta com o patrocínio da New Holland. Na abertura, em 17 de maio, sob a mediação do idealizador do Sempre Um Papo, Afonso Borges, Marcia Tiburi falará sobre o tema “Felicidade e Infelicidade: O Desejo e a Ética”. Os próximos eventos ocorrem nos dias 24 e 31 de maio e 07, 14 e 28 de junho, sempre às terças-feiras, às 19h30, no auditório da Casa Fiat de Cultura - Rua Jornalista Djalma de Andrade, 1.250 – Belvedere. A entrada é gratuita, por ordem de chegada, sujeita a lotação do espaço, 180 lugares. “Além de se firmar como um dos principais espaços de exposições de arte no Brasil, a Casa Fiat de Cultura busca sempre promover a discussão em torno de questões vitais ao homem contemporâneo”, afirma o presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira. Durante o seminário, a filósofa Marcia Tiburi e outros importantes intelectuais, como Alexandre Veloso de Abreu e Miriam Goldemberg tratarão de assuntos ligados ao tema. Diante da pergunta, “Felicidade?”, Tiburi questiona: “Mas será mesmo assim? Não será a infelicidade a verdadeira face desta grande ideia que nos serve de crença?”. De acordo com a escritora, a felicidade é o grande motivo pelo qual o ser humano escolhe ter um futuro. Justamente porque ela se faz como medida de todas as coisas humanas. Para ela, “em tempos sombrios, é bom lembrar do sentido da felicidade como idéia construtora do mundo antes que ela seja devorada pelo sistema que tudo transforma em mercadoria. Se a felicidade não se vende é porque ainda podemos sonhar com ela. Debatê-la é realizar o maior desejo filosófico, o de tentar compreendê-la à medida que se fez tema urgente de nosso tempo”, acredita. O evento tem o patrocínio da New Holland, numa realização da Casa Fiat de Cultura e Sempre Um Papo, com apoio do jornal Estado de Minas, da rádio Guarani FM, da TOM Comunicação e da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Programa: 17/05 – Marcia Tiburi - FELICIDADE E INFELICIDADE: O DESEJO E A ÉTICA A felicidade é um tema filosófico. Muito antes de ter sido reduzida em nossos tempos a uma mercadoria publicitária, a felicidade era um ideal ético. A desvalorização da felicidade no contexto capitalista relaciona-se ao mundo do espetáculo, à banalização do desejo e também do sentido dos afetos em nossas vidas. Antes de qualquer análise temos que nos perguntar se ainda podemos falar de felicidade em nossos dias, e de qual felicidade? Não teríamos, hoje, quando vemos a colonização do desejo aniquilar o sentido da convivência e da auto-descoberta, que devolver a felicidade ao campo da ética? Ou a ética à felicidade? 24/05 – Marcia Tiburi - A INDÚSTRIA CULTURAL DA FELICIDADE Do século XX até hoje a inteligência e a sensibilidade coletivas vivem sob o jugo da Indústria Cultural. Podemos dizer que o todo da cultura se tornou indústria. Nossa vida sensível toma consciência de si por meio das manifestações artísticas, da educação, da leitura. Das artes clássicas à arte culinária podemos dizer que há um trabalho humano de intensificação e valorização das experiências vividas. A Indústria Cultural é hoje a produção de experiência empobrecida. Desde a televisão (o nervo central da produção de imagem), até a alimentação (há uma Indústria Cultural que coordena o processo alimentar como processo social), passando pela saúde física (a Indústria da Vida Saudável) e pela saúde mental (Indústria da Vida Feliz), todos os processos humanos passam por um método de uniformização e banalização ao qual podemos chamar de Indústria. Cabe avaliar se a Indústria Cultural da Felicidade afetou as nossas vidas. 31/05 - Alexandre Veloso de Abreu - A FELICIDADE NA LITERATURA Assim como a felicidade foi um ideal filosófico, ela foi representada no universo da literatura. Assim, partimos de um panorama da felicidade em marcantes obras da literatura ocidental, explorando as diversas nuanças do sentimento, desde seu aspecto mais “maniqueísta”, até concepções mais fluidas e ambíguas. Reflete-se se a felicidade é aspiração por um final feliz ou, nos dizeres de Clarice Lispector, clandestina. 07/06 - Miriam Goldemberg - A FELICIDADE, A BELEZA E O CORPO O corpo é um capital na sociedade brasileira. A beleza é um ideal construído. As diferenças culturais entre o corpo masculino e feminino definem o lugar que cada um pode ocupar no mercado sexual. Modelos de corpo e de beleza definem, neste sentido, o que podemos considerar como felicidade. Mas que tipo de confusão surge quando as pessoas acreditam em um ideal tão curto e tão efêmero de felicidade? 14/06 – Marcia Tiburi - A FELICIDADE E A DOR DOS OUTROS No contexto da sociedade espetacular, a sociedade que supervaloriza a imagem a ponto de idolatrar narcisicamente o próprio corpo e o corpo belo dos outros, há também o desejo perverso de conhecer o sofrimento alheio. Sabemos que o sofrimento sempre foi representado na poesia, na literatura, nas artes da pintura e no cinema. Mas o que acontece com o surgimento da fotografia? Com o cinema? E com o incremento da televisão? Qual a diferença entre a dor representada nas artes e a dor real mostrada nos veículos de comunicação? Que sentimentos estão em jogo? A compaixão, ou será o ódio, o afeto que nos rege nos tempos apocalípticos em que vivemos? 28/06 – Marcia Tiburi - A FELICIDADE NA ERA DIGITAL A Internet é a nova promessa de felicidade. Seu valor está como o valor de uma nova roupa, uma casa nova, um novo carro, depois que os velhos bens não servem mais. É como se o corpo, a vida corporal, as relações no campo do atual (o espaço que compartilhamos com nossos corpos) se transformasse em mercadoria de segunda mão. Todos querem a vida zero quilometro. Com sua promessa de recriação e reinvenção é isso o que a Internet sugere. Relacionamentos tornam-se tão fáceis quanto descartáveis. Sejam amizades, amores, casos, o que há de mais simples é trocar de avatar e seguir sendo outra coisa que não se é. O que a internet realmente promete e o que ela de fato realiza? Quem é o ser humano dentro deste novo mundo admirável? Entrada Gratuita por ordem de chegada. Capacidade do auditório: 180 pessoas Horário: 19h30 Local: Casa Fiat de Cultura – Rua Jornalista Djalma de Andrade, 1.250 – Belvedere Informações: (31) 3289-8900 Site: http://www.sempreumpapo.com.br / http://www.casafiatdecultura.com.br

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