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O Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte (APCBH) completa 19 anos no próximo dia 20 de maio. Para comemorar a data, o órgão, que é ligado à Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura, inicia mais um projeto de pesquisa, agora voltado para a organização de sua própria memória e para uma reflexão crítica sobre suas práticas. Realizado em parceria com o corpo docente do novo curso de Arquivologia da Escola de Ciência da informação da UFMG, e patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa/Fapemig, o Projeto “20 Anos do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte: memória institucional e reflexão crítica sobre as práticas arquivísticas” visa discutir as metodologias científicas adotadas no tratamento do acervo documental do Município, bem como as soluções para a sua organização. Um dos objetivos é desenvolver um trabalho de organização da memória institucional, por meio do tratamento da sua documentação, avaliando criticamente a trajetória do APCBH, que foi um dos primeiros arquivos públicos do país a adotar a metodologia de gestão de documentos. “Queremos analisar como foram mapeados e recolhidos os acervos remanescentes da trajetória da municipalidade e quais tem sido as estratégias utilizadas para garantir a continuidade dos recolhimentos de novos acervos”, afirma Maria do Carmo Andrade Gomes, coordenadora do projeto e diretora do APCBH. O resultado deste estudo crítico será divulgado por meio de um site na internet e também através de artigos em periódicos científicos, em 2011, ano em que o APCBH completa duas décadas de existência. Além disso, está previsto, também para 2011, a realização de um seminário nacional, visando expandir a discussão para um público especializado. Sobre o APCBH Criado em 1991, o Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte é a instituição responsável pela guarda, preservação e difusão do patrimônio documental de órgãos e unidades funcionais públicas municipais. Trabalha, também, para garantir a preservação dos documentos privados de interesse público. O Arquivo utiliza técnicas de arranjo, descrição e preservação, promovendo a divulgação de seu acervo, mediante instrumentos de acesso, pesquisas e atividades pedagógicas. Seu acervo reúne documentos textuais, plantas, mapas, projetos arquitetônicos, fotografias, filmes, cartazes, fitas de áudio e vídeo, discos etc. Dentro deste conjunto documental destaca-se parte significativa do acervo produzido pela Comissão Construtora da Nova Capital de Minas (1894-1898), a legislação municipal impressa (1891-1986), os relatórios anuais de prefeitos, e grandes coleções de fotografias (1895 -2000), como a do fotógrafo José Góes e da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Belo Horizonte.