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De “bargril” em Belo Horizonte a artista de carreira internacional, Pat C chega ao Stereoteca para mostrar seu mais recente trabalho, “Pode C”, que reúne eletrônica, bossa nova e elementos da cultura nipônica O Stereoteca desta quarta-feira, 21 de maio, apresenta uma representante brasileira da música eletropop internacional. Com batidas e sonoridades que ultrapassam fronteiras, a mineira Pat C traz para o Teatro da Biblioteca, em Belo Horizonte, o show de lançamento do CD “Pode C”, produzido especialmente para o público brasileiro. É o primeiro trabalho divulgado em sua terra natal, após seis lançamentos na Europa e Japão. O show começa às 20:30h e os ingressos têm preços populares. O Stereoteca 2008 conta com o patrocínio da Vivo e da Natura, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. O DISCO Sétimo trabalho de sua carreira, “Pode C” é definido por Pat como um disco “eletro-Berlim-pop-brasuca”, referência à fusão de elementos da música eletrônica européia e bossa nova. “E ainda um leve tempero da cultura nipônica”, completa. O CD foi produzido nas cidades de Londres, Berlim, São Paulo e Florianópolis, contando com a participação de Jair Rodrigues, dos paulistas Quincas Moreira, Tatá Aeroplano (Jumbo Elektro) e Maurício Fleury, Instituto Mexicano del Sonido (México), Le Hammond Inferno, Holger Beier, Jim Avignon e Neoangin (Alemanha) e Ikon (Inglaterra). Noventa por cento das músicas foram compostas em português, algo inédito na carreira de Pat C. “Neste trabalho não me deixei influenciar pelas tendências do mercado asiático, quero falar de uma realidade nossa”, explica a cantora. Segundo ela, as letras têm espaço até para temas como a religião e a política. No Stereoteca, acompanham Pat C o músico Nelson Viana, que assina a direção musical, além de tocar baixo e violão; Thiago Grando, nos teclados, guitarra e violão; e Felipe Neto, na bateria e composições eletrônicas. A cantora fala da emoção de cantar no seu país: “Minha expectativa é de um público que saiba curtir a minha música comigo, principalmente em BH, minha cidade, depois de tantos anos me apresentando fora”. PAT C Natural de Belo Horizonte, onde era “bargirl” em uma boate, Patrícia Cerqueira se mudou para a Alemanha há vinte anos, quando nem pensava em ser cantora. A oportunidade veio por acaso, em visita à Holanda. Jantando com os amigos e produtores musicais Arling & Cameron, sussurrou a melodia de “La Vie an Rose" - música eternizada na voz de Edith Piaf - e logo foi convidada a gravar, já no outro dia, a música “I Love Europe”, que se tornou número um na parada independente do Japão. Daí pra frente, cantou com diversas figuras da cena européia, entre elas Fantastic Plastic Machine, Le Hammond Inferno e Maxwell Implosion. Entre 2000 e 2001, lançou os primeiros CD’s: “Pat C” e "Saudade Suite", este último lançado com diferentes títulos na Itália, Espanha e Japão, onde obteve grande sucesso. Seu terceiro álbum "Sunshine Suite" (2003) foi gravado com os produtores ingleses Ikon (Bagdad Cafe), os mexicanos do Plastilina Mosh, com o brasileiro multiinstrumentista Anvil Fx e outros artistas berlinenses. 2003 ainda ficou marcado por turnês pelo Japão e aparições em programas de rádio e televisão daquele país. Em 2005 lançou o quarto CD, "One Sweet Day", no Japão e Coréia, com participações dos franceses: "Mini Groove Orchester", "Oscar", DB; dos italianos "Doktor Zoil"; dos Berlinenses "Le Hammond Inferno”, "Rephil" e "Torpedo Boys”. Ainda lançou nos dois países, em 2006, o disco ”Romantic”. De volta ao Brasil desde o ano passado, Pat C gravou o disco “Pat C Vitamin C”, distribuído no Japão, e agora lança, no Stereoteca, o CD “Pode C”. PRÓXIMAS ATRAÇÕES Na próxima semana, dia 28 de maio, o cantor e percussionista mineiro Sérgio Pererê lança o disco “Labidumba”, fruto de suas pesquisas em torno das expressões vocais pelo mundo. Dia 4 de junho é a vez da banda Monno, de Belo Horizonte, mostrar seu indie rock conectado às mais recentes tendências da música mundial, lançando do EP “Agora”.