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Reabilitação de espaços urbanos em BH

Reabilitação de espaços urbanos em BH com ênfase na Praça da Estação é tema do “Novos Registros” no Abílio Barreto A dissertação “A reabilitação urbana integrada e a centralidade na Praça da Estação”, da Mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Michele Abreu Arroyo, defendida em 2004, é o tema do próximo “Novos Registros”. O trabalho analisa os processos de reabilitação urbana iniciados a partir dos anos 80 visando à retomada da área central de Belo Horizonte, com foco na Praça da Estação, um dos tradicionais pontos turísticos da cidade. A palestra sobre a dissertação acontece dia 29, terça, às 19h, no Auditório Itaú do Museu Histórico Abílio Barreto, com entrada franca. O objetivo do projeto “Novos Registros” é divulgar trabalhos acadêmicos sobre a capital mineira e o Estado de Minas Gerais. A promoção é da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura, do APCBH e do MHAB, localizado na Av. Prudente de Morais, 202, no Bairro Cidade Jardim. O estudo consiste na discussão dos projetos de reabilitação urbana integrada e tem como ponto principal o conceito de centralidade na cidade nos dias de hoje. Para isso, é utilizado como objeto de estudo a Praça da Estação, localizada no centro da cidade. Para a análise da centralidade, considera-se a apropriação enquanto espaço histórico, o valor simbólico na paisagem e ambiente urbano, o dinamismo econômico, os pressupostos das políticas públicas estabelecidas, a localização na estrutura da cidade e desenvolvimento metropolitano e as relações entre o espaço e grupos sociais. As relações entre a cidade e seus habitantes têm sido um dos principais motivadores de várias abordagens em muitas áreas de estudo. Os exemplos disso são as relações entre os diversos grupos sociais e os espaços que eles habitam; as relações econômicas no espaço metropolitano e suas conseqüências no crescimento (formação das cidades); os espaços educativos da cidade; a modernidade e a evolução urbanística na cidade; a história de Belo Horizonte e sua relação com os agentes que a constroem; a conformação do espaço urbano e a construção dos valores simbólicos e afetivos. As áreas centrais das cidades contemporâneas marcam a conjuntura das transformações dos espaços metropolitanos. O seu esvaziamento, como área habitacional, comercial e referência simbólica, ganha força no fim dos anos 70 quando esses espaços assumem um sentido de passagem, de articulação e não aglutinação. Como metodologia, o trabalho utiliza, além de levantamento histórico documental, o instrumento do mapa mental, aplicado junto aos usuários da Praça da Estação. Estes tais mapas foram interpretados sobre o mapa geográfico da cidade buscando identificar as formas de representação do espaço no imaginário individual e coletivo. Michele Abreu Arroyo possui graduação em Historia - Licenciatura e Bacharelado pela Universidade Federal de Minas Gerais (1995), especialização em História pela Universidad Complutense de Madrid (1991), especialização em Gestão da Memória: patrimônio, arquivo e museu pela Universidade do Estado de Minas Gerais (1998) e mestrado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2004). Tem experiência na área de História, com ênfase em História das Cidades e trabalha em temas como centralidade, centro tradicional, percepção urbana, reabilitação urbana, entre outros. Atualmente Michele é Gerente de Patrimônio Histórico e Urbano, da Secretaria Municipal de Regulação Urbana, da Prefeitura de Belo Horizonte. Praça da Estação Conhecida oficialmente como Praça Rui Barbosa, a Praça da Estação foi construída em 1904 e seus prédios fazem parte do acervo neoclássico da cidade. Além da arquitetura, os destaques da obra são os jardins, os dois leões em mármore, encomendados ao artista belga Folini, e o "Monumento da Terra Mineira", estátua de bronze que homenageia os heróis da Inconfidência. Com o crescimento da cidade, foi construída uma nova estação ferroviária, inaugurada em 1922. Após as obras de reforma, em 2003, a praça tem uma área de 12 mil metros quadrados, possui dois conjuntos de fontes e iluminação especial de 12 postes laterais. Desde os anos 70, o local é palco para manifestações políticas e culturais. Falando em revitalização... O centro de Belo Horizonte tem sido palco de obras de reestruturação paisagística. Graças ao programa Centro Vivo, da Prefeitura, vários locais tem sido beneficiados, como a Praça Sete, a Praça Rui Barbosa e parte da Rua Rio de Janeiro, que ainda está em construção. A revitalização da cidade é importante tanto para recuperação do visual urbano como para objeto de estudo histórico e antropológico. Após a apresentação e debate, a tese é doada para o APCBH e ficará disponível para consultas. O Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte fica na Rua Itambé, 227, Bairro Floresta, com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas. Mais informações: APCBH: 3277-4603 MHAB: 3277-8573 Michele Abreu Arroyo: 3277-5137 / 9957-2233 / [email protected]

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