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Em noite de gala, Orquestra apresenta peça de Almeida Prado com Sônia Rubinsky ao piano

Sinfônica do Estado de Minas Gerais terá momento especial com o concerto Allegro IV, compositor e pianista mundialmente conhecidos são destaque com a execução de "Aurora"
Um dos maiores compositores do Brasil e uma das pianistas brasileiras mais reconhecidas da atualidade estarão em Belo Horizonte no dia 29 de maio, quinta-feira, como convidados do concerto Allegro IV, da Orquestra Sinfônica do Estado de Minas Gerais. José Antônio de Almeida Prado vem a Minas especialmente para acompanhar a montagem de sua obra "Aurora", que terá como solista a pianista Sônia Rubinsky. O programa inclui ainda a "Sinfonia N. 5 em mi menor", de Tchaikovsky e a peça "Alborada del Gracioso", de Ravel. O concerto será regido pelo maestro Fábio Mechetti e acontece no Grande Teatro do Palácio das Artes.
ALLEGRO IV
Cumprindo com o compromisso de trazer interpretações de grande fôlego e convidados importantes, o quarto concerto da série Allegro traz duas referências da música erudita no Brasil e exterior. Os dois demonstram grande expectativa para a apresentação. "É um prazer participar do trabalho musical e didático que Fábio Mechetti está desenvolvendo com esta orquestra, promovendo uma interação com os músicos e com o público", afirma Sônia. O compositor também se mostra satisfeito: "Gosto muito de Minas Gerais, onde tenho amigos, e admiro o trabalho que está sendo desenvolvido com a orquestra". A idéia de executar "Aurora" com Sônia Rubinsky ao piano é antiga, e partiu da própria pianista e do maestro Fábio Mechetti: "Conheço Almeida Prado há talvez uns trinta anos e o vejo como o maior compositor brasileiro vivo. Eu e Fábio ouvimos esta peça em Nova York nos anos 80, com Sonia Muniz ao piano. Fico contente de poder, afinal, executar esta obra que prima por sua originalidade e emoção", afirma a pianista. O compositor retribui: "Sônia é minha amiga e uma excelente instrumentista, creio que o resultado será muito agradável", diz.
AS PEÇAS
Escrita em 1975, como encomenda do maestro Eliazar de Carvalho, "Aurora" é uma das obras mais descritivas da carreira de Almeida Prado e representa o amanhecer. Nela, a natureza da noite cede espaço, harmoniosamente, aos primeiros raios de luz de um novo dia que, aos poucos, constituir-se-ão em um brilho intenso de verão ardente, uma profusão de luz ouvida no crescer das percussões, sopros e cordas. O percurso musical, portanto, vai desde a tênue luz da aurora ao esplendor do meio dia. Segundo Almeida Prado, trata-se de uma obra cativante: "Aurora contém cantos de pássaros da floresta, uma rítmica tropical, bem quente, uma volúpia sonora na qual o público fica muito grudado. É uma composição para ficar atento", revela. Segundo o maestro Fábio Mechetti, a escolha de "Aurora" para o concerto Allegro IV representa a opção por uma peça bem brasileira, que contemplasse a formação de piano e orquestra. A "Sinfonia N. 5 em mi menor", de Pyotr Tchaikovsky, é uma peça em quatro movimentos, que demonstra o aspecto mais passional da obra deste compositor russo. Já a "Alborada del Gracioso", de Maurice Ravel, também é conhecida como "Canção Matinal do Palhaço" e baseia-se em um personagem da comédia espanhola, criado pelo dramaturgo Lope de Vega.

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