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Um evento de dança que ocorre em interação com a paisagem urbana. Essa é a definição da segunda “Mostra Internacional Horizontes Urbanos”, projeto que será realizado de 22 a 28 de junho em diversos locais de Belo Horizonte. O festival propõe um desafio aos participantes, uma vez que as criações precisam ter sido concebidas especialmente para serem apresentadas em espaço urbano, ao ar livre. A interferência coreográfica nas ruas pretende criar no público um novo olhar sobre a arquitetura da cidade onde vivem rotineiramente, sem prestar atenção aos detalhes. Compõem a programação artistas e grupos de dança de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba e Espanha, que se apresentarão em locais como: Praça Sete, Casa do Baile, Escola Municipal Barão do Rio Branco e Praça da Estação (entrada do Metrô). A abertura oficial do Horizontes Urbanos ocorrerá com um cortejo liderado pelo grupo Tambor Mineiro e Maurício Tizumba, com a participação de cinco bailarinos (Fábio Dornas, Sérgio Penna, Lívia Espírito Santo, Raquel Píres, Lourenço Marques), que sairá no dia 24, às 11h, da Prefeitura (Avenida Afonso Pena) e seguirá até a Praça da Rodoviária. Outros grupos e bailarinos que vão participar:“Vagabundagem Dance Uncia”, de BH; “Focus Cia. de Dança”, do RJ; “Membros Cia. De Dança,” de Macaé/RJ; Ricardo Marinelli, de Curitiba, com a intervenção “Eu tenho autorização da polícia para ficar pelado aqui”; “Dança Jovem”, de BH; e “Asier Zabaleta”, da Espanha. O bailarino e coreógrafo Paulo Emílio, da Membros Cia de Dança, também ministra “O Anarquitetônico” - Workshop de dança de rua, nos dias 22, 23 e 24. A vivência tem por fim possibilitar uma aproximação entre corpo e cidade. As aulas ocorrerão no Grande Estúdio do Palácio das Artes (parte teórica) e nas ruas da cidade (parte prática). Com inscrições gratuitas e limitadas a 20 vagas, podem participar maiores de 15 anos que apresentem trabalho de dança e disponibilidade de deslocamento pela cidade (inclusive de ônibus). O encerramento será na Praça da Liberdade no dia 24 de junho a partir das 17 horas. “Horizontes Urbanos” faz parte da rede internacional “Ciudades que Danzan”, ligada a Associación Marató de L Espectacle, sediada em Barcelona, que tem eventos parceiros em todos os continentes, sempre com proposta de explorar apresentações para o espaço urbano em diálogo com a arquitetura. A mostra pretende abrigar uma pluralidade de linguagens, criar um espaço de diálogos com mídias que tenham a dança e o corpo como foco de trabalho e pesquisa, além de valorizar o patrimônio arquitetônico de Belo Horizonte. Idealizado, realizado e dirigido por Wagner Tameirão, Jacqueline de Castro e Marise Dinis, em 2007 ocorreu um projeto piloto com quatro intervenções. “Um Passo a Mais” foi apresentado na Praça 7 e contou com Carlos Arão e Fábio Dornas. Raquel Pires e Gil Amâncio apresentaram a intervenção “Ir e Vir ao ~ de”, na Av. Afonso Pena entre Rua da Bahia e Rua Tamoios. O uruguaio Martin Inthamoussú apresentou “SIA, Sistema Interactivo Abierto”, na Av. Afonso Pena em frente ao Palácio das Artes. Finalmente, “Como Habitar uma Paisagem Sonora” foi apresentada na Praça Rui Barbosa e na Praça da Estação, pela Benvinda Cia. de Dança.