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Primeira exposição da série de quatro mostras comemorativas dos 10 anos da Galeria de Arte Copasa começa na próxima quinta (30)
A artista plástica Ana Amélia Diniz Camargos, apresenta do dia primeiro ao dia 31 de julho, na Galeria de Arte Copasa, a exposição Des[água]. Suas obras surpreendem por nos revelar como somos desatentos diante de cotidianos fragmentos do mundo e reverencia a água e o rio Paraúna da sua infância. Mesmo com um tom poético e lírico as obras de Ana Amélia denunciam e fazem um convite para repensar a situação do meio ambiente e dos cursos d’água. A exposição propõe uma experiência bastante diversificada, onde o publico poderá tocar, levar e até ouvir a sonoridade da água no entorno dos rios. Não é água do mar nem de cachoeira, mas de correnteza de rio que nem sempre são límpidas, mas às vezes poluídas. Des[água] é uma grande instalação formada de objetos, impressos, desenhos e vídeo. Uma canoa de aproximadamente 8 metros de comprimento que navega sobre 1.440 copos de vidro com água formando uma espécie de curso d’água aludindo uma correnteza. Como pontua o escritor Bartolomeu Campos de Queirós, a artista ao tomar de uma canoa – que as águas poliram em silêncio e tempo – só navegável sobre a maleabilidade das águas, e trazê-la para o solo rígido, a artista nos convida para viagens por fazer, a refletir sobre as águas que não navegamos, ou para lastimar as águas. Ao referenciar a água, sua artesania é refinadamente estética por nos remeter ao simples, ao claro, ao exato. Pela densidade de sua proposição pode-se ver a poesia, tocá-la com o olhar e percebê-la na superfície de cada composição. Também compõe a exposição uma série de desenhos monocromáticos feitos com técnicas distintas com gouache ou nanquins que aludem uma bacia hidrográfica e ao mesmo tempo os elementos formadores de uma árvore. Já utilizando técnicas de pintura a óleo sobre impresso ou fotomontagem 40 mil postais, uma espécie de paisagem ambulante, serão disponibilizados para o público. São postais turísticos colecionados e reconstruídos pela artista recriando paisagens imaginárias de inundações, dilúvios e cursos d’águas, na grande maioria, pontos turísticos de Belo Horizonte. Sobre a artista Ana Amélia é natural de Presidente Juscelino, MG, antiga Vila de Paraúna. Formou em Artes Plásticas pela Escola Guignard, onde também cursou pós graduação. De 1979 a 1983, participou do Núcleo Experimental sob orientação de Amílcar de Castro, tendo ainda freqüentado curso de aperfeiçoamento e extensão de Filosofia e História da Arte. Em 1995, fez curso de cerâmica com Peter Voucos e Paul Soldner, em New Jersey (USA), e a partir de 1991, atua como professora de pintura e cerâmica, desenvolvendo atividades como voluntária junto a comunidades carentes. Entre outras amostras individuais, Ana Amélia realizou exposição na Galeria Oto Cirne, Galeria Itaú, Arte Estúdio, em Belo Horizonte, e na Galeria da UFV. Em 1997, por ocasião do centenário de Belo Horizonte, apresentou uma série de trabalhos de colagens e pinturas em postais da cidade, na sala Corpo de Exposições, Centro Cultural da UFMG e na Galeria do Crav Centro de Audiovisual da Prefeitura de Belo Horizonte. Em 2001, expôs na Galeria Debret, em Paris, como convidada da embaixada do Brasil na França. Em 2003 lançou o livro/arte “Margem” com textos e desenhos, realizando exposição de gravuras retiradas do livro. E em novembro de 2005, apresentou na Galeria Alberto da Veiga Guignard, Palácio das Artes, em Belo Horizonte, exposição de gravuras, instalações e lançamento da 2ª edição do livro “Margem” contendo acréscimo de texto. Desde a década de 70, Ana Amélia participa de exposições coletivas, representativas da arte mineira e brasileira, entre elas: Paisagem Mineira, Iluminações; Interpretação de Drummond, Natureza e Construção, uma Visão Social, Universos Paralelos – homenagem a Murilo Rubião, no Palácio das Artes; Caminhada em Pedra, no Museu da Pampulha. Em 1978 teve seus trabalhos integrados à grande mostra de Escultura e Objeto em Minas Gerais, apresentada no Centro de Convenções de Poços de Caldas, dentro da programação do Festival de Inverno da UFMG e na Grande Galeria do Palácio das Artes. Em 1992, ao lado de Franz Krajberg, e outros artistas mineiro e brasileiro integrou a mostra Eco 92: Natureza e Construção, no Palácio das Artes. Esteve presente ainda em exposições temáticas Diálogo Plural/Poéticas Contemporâneas, A Cidade: Um olhar Contemporâneo, produzidas pela Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, em Itabira; e várias outras amostras apresentadas em galerias e instituições de Belo Horizonte, Ribeirão Preto, São Paulo e de outras cidades brasileiras. Participou de diversas edições do Salão Nacional de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte; Salão da Funarte, no Rio de Janeiro; Salão de Arte do Espirito Santo, em Vitória; Salão Brasileiro de Artes Plásticas, Fundação Bienal de São Paulo; Salão de Pernambuco, em Recife; Salão Nacional do Paraná, Curitiba; entre outras. Ana Amélia obteve prêmios no Salão Nello Nuno, em Viçosa, em 1978; Salão Nacional da Universidade Federal de Itajubá, em 1979; Prêmio Petrogard, do 12º Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte, Museu da Pampulha, em Belo Horizonte, em 1980, recebendo no ano seguinte o Prêmio Mater Dei, no mesmo salão. Exposição – Des[água] Abertura: 30 de junho de 2011, às 19h. 01 a 31 de julho de 2011, das 8h às 18h – Galeria de Arte Copasa – rua Mar de Espanha, 525 – Santo Antônio Informações: (31) 3250-1506
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