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Historiadora pernambucana discute matriarcado afro-brasileiro em congresso em BH
O 2º Congresso Internacional da Cultura e Religião Yorubá, que será realizado em Belo Horizonte e Nova Lima, entre os dias 22 e 25 de julho, contará com a presença de uma das maiores autoridades do Brasil em cultura e religião africanas. Estamos falando da historiadora, etnógrafa, folclorista, africanista, escritora e pesquisadora pernambucana Cláudia Lima, Mestre em Ciências da Religião, que fará a palestra de abertura do evento, nesta quinta-feira, 22/7, 14h30, no auditório da Faculdade de Educação da UFMG, Campus Pampulha (Av. Antonio Carlos, 6627). O tema da palestra “O matriarcado na base sacerdotal afro-brasileira: hierarquia das Casas de Culto de Matriz Yorubá, a partir de Estudos no Recife, Salvador e Abeokuta (Nigéria)” é um convite à reflexão sobre a influência da mulher negra como impulsionadora dos cultos afro-brasileiros no país. Neste contexto, Cláudia Lima irá destacar a importância do papel da mulher iorubá na busca de um modelo de excelência, com a conquista do poder através do conhecimento sobre as divindades, os rituais e as necessidades hierárquicas. Também irá destacar a dinâmica das mulheres africanas como comerciantes, deixando um legado de perícia, autonomia e mobilidade que percorreu séculos e rompeu fronteiras. Cláudia Lima destaca a importância de eventos como o congresso para preservar e difundir as tradições e costumes ancestrais africanos. “Quando falamos de Minas Gerais, por exemplo, é importante citar a influência da Cultura Banto, grupo africano que primeiro fixou sua cultura em terras brasileiras e que contribuiu para estabelecer a base de nosso folclore nacional”, destaca ela. O 2º Congresso Internacional da Religião e Cultura Yorubá é um espaço para reflexão e discussões sobre os temas e suas contribuições para a cultura brasileira. O foco é promover o debate com comunidades de terreiros de candomblé e religiões de matrizes africanas, acadêmicos, estudiosos, professores, militantes do movimento social negro e o público em geral. O objetivo é permitir a troca de conhecimentos como uma das formas de combate ao racismo, preconceito com transmissão de informações corretas, permitindo mudança de comportamento e conhecimento da cultura iorubá. A organização aguarda a presença de mais de 6.000 participantes nos três dias de evento.
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