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No último final de semana, Festival de Culinária ``Igarapé bem Temperado´´ apresentou tradicionais pratos da cozinha mineira

Durante trÊs dias, o público lotou a praça Miguel Henriques para experimentar as iguarias das mestras culinárias No último final de semana, a cidade de Igarapé, na região metropolitana de BH, teve gostinho de comida de avó, feita na hora no fogão a lenha. Quem compareceu à sétima edição do festival Igarapé Bem Temperado, pôde experimentar as receitas mais antigas, feitas pelas mestras de culinária, e aproveitar os workshops, apresentações de música, contação de histórias, entre outras atrações. As mestras são guardiãs das tradições da cozinha mineira e mantêm hábitos alimentares centenários, plantando e colhendo os principais ingredientes das refeições em seus próprios quintais. O objetivo do evento é, além de proporcionar uma grande festa e a degustação das iguarias ao grande público, trazer um resgate da tradição dos quintais sustentáveis e manter viva a cultura e a culinária da região. Este ano, elas estavam especialmente radiantes durante o festival: “Está maravilhoso, cada ano fica melhor, mais cheio. Aqui na minha barraca, o que mais saiu, por incrível que pareça, foi o doce de jiló. As pessoas estranham, fazem cara feia, mas assim que experimentam, querem levar, é uma delícia”, conta Maria do Sindicato. Já a mestra Ilda fez sucesso com seu arroz com suã “não para de sair, toda hora tem alguém pedindo”, e quando perguntada sobre aposentadoria, a resposta foi rápida “enquanto eu estiver de pé, estarei aqui, vamos continuar”. Aos 89 anos, Maria do Freguesia, uma das precursoras do Igarapé Bem Temperado, continua firme com seus quitutes: “Fico o dia inteiro por conta, algumas vezes estou com os três fogões ligados em casa, mas eu adoro”. O festival acontece anualmente e tem idealização e produção de Carlos Oliveira, consultoria do chef Eduardo Avelar. Este ano, foi realizado com recursos captados através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. É patrocinado pela Usiminas, em parceria com a MMX e a Prefeitura Municipal de Igarapé, e apoio do Instituto Cultural Usiminas, Coig Log e Circuito Turístico Veredas do Paraopeba. Impressões sobre o VII Igarapé Bem Temperado O público, que lotou a Praça Miguel Henriques de sexta a domingo, não poderia estar mais satisfeito. Maria Rosa participava do festival pela segunda vez: “Eu estou achando a festa linda, animada e ainda melhor que o ano passado. Experimentei vários pratos e o que mais gostei foi o umbigo de banana, nunca havia comido, achei muito gostoso”. O feijão tropeiro foi eleito o melhor prato por Willian Vidal, “sou chegado num tropeiro, está muito bom. Esse evento não pode parar, o que é bom tem que continuar”, afirma. O chef Eduardo Avelar, além de um apreciador do Igarapé Bem Temperado, participou desta edição com workshops de receitas mineiras, mas com modos de preparo franceses: “A cozinha que se pratica aqui é a cozinha de Minas Gerais, de toda uma história. De quando você abre a porta e encontra todos os ingredientes no quintal. E Igarapé será sempre um destino para mim, sempre trarei gente para conhecer a culinária da cidade”, diz. O idealizador e produtor do projeto, Carlos Oliveira, também ficou satisfeito com o resultado, “essa edição, com o subsídio da Lei de Incentivo, teve melhor divulgação e planejamento na composição das receitas. Nossa publicação especial com as principais receitas ficou belíssima. A participação de chefs convidados e boas atrações musicais também foram um ganho a mais com os recursos dos patrocinadores e apoiadores”, disse. E acrescentou: “o Festival passa a fazer parte do roteiro dos grandes eventos dedicados a gastronomia em Minas Gerais. Igarapé recebeu pessoas de várias cidades mineiras e de outros Estados que descobriram o Igarapé Bem Temperado. Botamos banca, agora temos que nos estabelecer. Para o próximo, tentaremos ampliar os recursos para qualificar a infraestrutura. Uma estratégia será estender o Festival para 15 dias, entrar com a oferta de momentos gastronômicos nos próprios quintais das mestras. Se nos grandes festivais existem os festins com os chefs internacionais, no Igarapé Bem Temperado teremos o roteiro gastronômico de quintais regido pelas adoráveis mestras da culinária”, comenta. “Meu pai me disse, e é verdade, este trabalho é maravilhoso. Estou emocionada de ver essas senhoras mostrando com tanto carinho a verdadeira cozinha mineira”, disse a chef Aline Paiva que ministrou um dos workshops durante o Festival. “Encontros de beira de fogão (a lenha!), frutas maduras no pé, que podemos apanhar com a mão e comer na hora, galinhas correndo pelos quintais, passarinhos cantando... Esse é o clima que norteou o VII Festival de Culinária de Igarapé. Um astral maravilhoso de paz e sossego, gostei muito e quero aqui parabenizar publicamente, os organizadores e principalmente o produtor cultural do evento Carlos Oliveira, amigo de longa data, vocês estão fazendo história e resgatando valores que, com alegria, devemos ter orgulho”, apreciou Chirley Maria.

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