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Casa do Baile abre as portas para os jardins de Burle Marx

Exposição evidencia a relevante obra do paisagista A partir do dia 16 de agosto, quinta feira, às 21h, Belo Horizonte recebe a exposição “Arquitetos da Paisagem: os Jardins de Roberto Burle Marx e Henrique Lahmeyer de Mello Barreto em Belo Horizonte, Cataguazes e Araxá”. A mostra divulga a obra de Roberto Burle Marx e seu parceiro Henrique Lahmeyer de Mello Barreto responsáveis pelo projeto paisagístico que compõem o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, como os jardins da Casa do Baile, do Museu de Arte da Pampulha (antigo Cassino), da Igreja São Francisco de Assis, da Casa Kubtischeck, do Iate Golfe Clube e da praça do Aeroporto da Pampulha. A exposição, que foi desenvolvida com base na pesquisa realizada por Ricardo Lana sobre os projetos mineiros de Burle Marx, vai até o dia 30 de setembro, podendo ser visitada de terça-feira a domingo, das 9h às 19h, na Casa do Baile, com entrada gratuita. A promoção é da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura e da Casa do Baile, localizada na Avenida Otacílio Negrão de Lima, 751, na Pampulha. Nascido na cidade de São Paulo, em 1909, Marx estudou pintura e arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes. Iniciou a carreira de paisagista (1933) trabalhando para projetos de Lúcio Costa e logo depois foi para o Recife como diretor de parques (1934-1938). A sua obra esteve, na maioria das vezes, conjugada à de Oscar Niemeyer e de outros arquitetos. Reconhecido, homenageado e condecorado em vários países, Burle Marx assinou projetos paisagísticos de projeção mundial como os realizados no Ministério da Educação, no Rio de Janeiro (1938); no Parque do Ibirapuera, em São Paulo; no Parque do Flamengo, também no Rio; no Palácio do Itamaraty, Tribunal de Contas da União, Ministério do Exército, dentre vários outros, em Brasília; nos jardins internos da UNESCO, em Paris (1963); no Parque del Leste, em Caracas; o Sítio Santo Antônio da Bica (local símbolo de seu trabalho transformado hoje em Sítio Burle Marx); o Parque de Las Americas, no Chile; os jardins da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York; entre muitos outros trabalhos. Burle Marx integra o grupo de notáveis que contribui para modificar, a partir de 1930, as artes, a arquitetura, a engenharia e o paisagismo no país. Ele cultivou, como característica de um estilo desenvolvido em seus projetos, a criação da harmonia e da proporção, pautada na iluminação, nas cores e nos volumes como elementos essenciais do paisagismo. Marx valorizou a flora brasileira a exibindo ao lado de exóticas espécies na criação de mosaicos paisagísticos que integram o patrimônio cultural do Brasil. A parceria de Burle Marx com o biólogo mineiro Henrique Lahmeyer de Mello Barreto se iniciou no ano de 1943. O convívio com Mello Barreto fez com que Burle Marx observasse a realidade ecológica de uma outra forma, aprendendo noções de ecologia e botânica aplicadas, ajudando-o a elaborar seus conhecimentos e a refletir sobre seus jardins. Mas a aprendizagem será recíproca. Mello Barreto comentou que havia aprendido muito em troca dos conhecimentos botânicos que aportara a Burle Marx: "Recebi dele muitas idéias de composição e de cor. Aprendi por exemplo, que uma associação botânica pode ser também uma associação estética". Mais informações: Casa do Baile - 3277-7443 / 7971

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