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Grupo Experimental de Pernambuco se apresenta no Conexões
Atração do projeto Conexões, promovido pela Quik Cia. de Dança, pernambucanos do Grupo Experimental apresentam “Conceição”, espetáculo baseado em pesquisa sobre festa religiosa da periferia de Recife. Apresentação única no sábado, dia 13 às 20 horas, com ingressos a preços populares de R$4 e R$2. Na dor e na crença de fiéis que se arrastam e se flagelam durante uma festa religiosa no Morro da Conceição, na periferia de Recife, o Grupo Experimental reuniu elementos para compor a apresentação única dentro do projeto Conexões, promovido pela Quik Cia. de Dança. “Conceição” é a primeira montagem que a companhia apresenta para o público belo-horizontino, sendo resultado de dois anos de observação e pesquisa sobre a tradicional celebração que acontece na capital pernambucana. A festa religiosa do Morro da Conceição, no Recife, reúne pessoas que “nadam” o morro, caminhando de costas, joelhos, arrastando-se pelas ladeiras até sangrar. Interessados em entender e assimilar a motivação que leva os fiéis a este processo de flagelação, os integrantes do Grupo Experimental realizaram a produção de seu mais novo espetáculo “Conceição”. Bailarinos-criadores e dois pesquisadores acompanharam a diretora Mônica Lira experimentando in loco a Festa de Nossa Senhora da Conceição por dois anos consecutivos. Durante a pesquisa, os múltiplos significados observados e vivenciados pela equipe deram referências para que a movimentação ultrapassasse sua plasticidade. A dramaturgia, portanto, não se prende a qualquer imagem icônica que caracterize a famosa festa, mas sim aos sentimentos e sensações dos praticantes. Sempre ambientado no universo urbano e, mais especificamente, na cultura da cidade e do povo do Recife, o Grupo Experimental mergulhou na espiritualidade, nas crenças e no comportamento para compor sua “Conceição”. A proposta não é rotular, ficar preso aos clichês nem narrar a história da santa ou da festividade, mas, sim, investigar a intersecção entre o sonoro, o gestual, os sentimentos, o visual e o simbolismo. O espetáculo foi um dos contemplados pelo prêmio Klaus Vianna, da Funarte/Petrobrás, em 2007. Foi vencedor dos prêmios de Melhor Figurino (2007) e Destaque de Produção em Dança (2008) pela Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco e também escolhido “Destaque do Ano” pelo Sindicato dos Artistas de Pernambuco (2007).
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