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Os 13 atores se dividem para atender à extensa agenda de compromissos do grupo para o segundo semestre de 2011. Além dos vários compromissos para cumprir aqui no Brasil, agora em setembro, o Galpão faz as malas para cruzar o atlântico. O grupo estará fora do país até o início de outubro. No dia 22 de setembro, o mais recente espetáculo da companhia, “Tio Vânia (aos que vierem depois de nós)”, faz sua primeira incursão internacional. Ele será apresentado, em Roma (Itália), no Teatro Vascello, um importante centro de encontro teatral da capital italiana, onde se apresentam artistas como Bob Wilson e Peter Brook. Ainda em setembro, o elenco da nova montagem, com estreia marcada para dezembro em Belo Horizonte, seguirá para a Alemanha. Em Berlim, eles darão continuidade aos ensaios iniciados no Brasil. Galpão em Roma Com 29 anos de estrada, o Grupo Galpão já participou de mais de 40 festivais internacionais. Agora volta pela segunda vez à Itália para apresentar “Tio Vânia (aos que vierem depois de nós)”, de Anton Tchékhov. A primeira visita foi em 1989, quando o grupo fez uma turnê por 12 cidades italianas e esteve com outras companhias como "Koreja" de Lecce, o "Potlach" de Fara Sabina, o grupo "Tascabile" de Bergamo. De volta ao país após 22 anos, o Galpão agendou diversos encontros com alguns desses grupos para trocar experiências e saber como essas associações têm se organizado para sobreviver ao longo dos anos. Galpão em Berlim O Galpão se prepara para mais uma imersão na obra do escritor russo Anton Tchékohv, com o novo espetáculo que tem estreia prevista para dezembro deste ano. A montagem, ainda sem nome definido, está sob direção do russo Jurij Alschitz e de sua assistente lituana Olga Lapina. “No ano passado nos encontramos com o diretor aqui no Brasil e tivemos as primeiras conversas”, relembra o ator Chico Pelúcio que está no elenco da nova montagem. Segundo ele, até junho deste ano, o trabalho se desenrolou via skype. Diego Bagagal, assistente de direção do espetáculo no Brasil, foi responsável por fazer a comunicação entre diretor e elenco. A primeira tarefa consistiu na leitura de contos e peças de Anton Tchékohv. Os atores tiveram acesso a cerca de 150 textos, entre eles: “A Groselheira”, “Na estrada”, “A Gaivota” (peça), “As Três Irmãs”, “Duelo”, “O Relato do Jardineiro Chefe”, “A Duquesa”, “A Flauta”, “Sereia”, entre outros. O grupo dedicou dois meses de pesquisas até Jurij chegar ao Brasil. Com a vinda do diretor e de sua assistente Olga Lapina, o trabalho ocorreu em duas etapas: uma voltada para a preparação do ator e outra dirigida para a montagem. Em agosto, o elenco, formado por Chico Pelúcio, Inês Peixoto, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia e Simone Ordones, ensaiou sozinho, porém com várias tarefas. O grupo se revezou na condução dos treinamentos e se dedicou à prática de exercícios propostos pelo diretor russo. “Estudar as possibilidades da cadeira, em cena, e depois acrescentar textos às ações, foram uma das proposições”, explica a atriz Lydia Del Picchia. Paralelamente, os atores trabalharam canções russas populares com o diretor musical do espetáculo, Ernani Maletta. “A ideia do maestro é que a gente cante em russo e português, mas não há nada fechado”, adianta Lydia. Quando chegarem a Berlim serão três semanas de trabalho intenso. De acordo com Lydia Del Picchia, o cronograma de tarefas já foi definido. “Vamos trabalhar análise de texto e emissão de fala, principalmente. Já temos 80% do texto final traduzido. Depois nos encontramos mais uma vez com Jurij, em novembro, no Brasil”, conta. ITÁLIA: Apresentação “Tio Vânia (aos que vierem depois de nós)” Dia 22 de setembro, quinta-feira Teatro Vascello (Roma - Itália) ALEMANHA: Treinamentos para novo espetáculo De 18 setembro a 03 outubro Berlim