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Instituto preserva cultura judaica
Maior acervo da cultura e história judaica do estado preserva a memória dos judeus radicados em Minas Gerais e no Brasil Em 1984, foi fundado o Instituto Histórico Israelita Mineiro, que começou com a reunião de um grupo de judeus de Minas Gerais no intuito de elaborar um projeto que recuperasse a história das famílias judaicas mineiras. O objetivo do grupo era reconstituir a chegada da comunidade judaica em Belo Horizonte, para entender como esses estrangeiros, imigrantes da Europa e do Oriente Médio, conseguiram se instalar e sobreviver em uma terra onde desconheciam os costumes e a língua. A idéia foi bem aceita por todos e a Assembléia de Inauguração do Instituto reuniu mais de 100 pessoas. O acervo começou a ser feito com material recolhido nas famílias judaicas, tais como livros, objetos, discos, depoimentos gravados, fotografias e filmes. Hoje, quase 30 anos depois, o IHIM é considerado o maior acervo da cultura e história judaica de Minas Gerais e se transformou em um braço cultural da Federação Israelita do Estado de Minas Gerais, promovendo pesquisas históricas, palestras, exposições de fotos, feiras de livros, sessões cinema, além de manter biblioteca aberta ao público em geral e associados. Segundo o Sr. Jacques Ernest Levy, Presidente do Instituto Histórico e Diretor de Relações Públicas da FISEMG, “o instituto é um espaço que permite que pesquisadores, professores e estudantes adquiram conhecimentos aprofundados das ricas tradições judaicas, sobre a Segunda Guerra, a influência judaica na sociedade maior, o Estado de Israel, religião judaica, e muito mais”. Entre os recentes projetos da entidade está um projeto fotográfico, que consiste em uma coleção de fotos doadas pela comunidade judaica, remontando a época da primeira presença dos judeus na capital. O Museológico é outro projeto que está em andamento, em que peças antigas doadas estão sendo analisadas por historiadores visando identificar época, contexto, a quem pertenciam, entre outros. E, ainda, o projeto denominado “Inquisição em Minas Gerais no século XVIII: do Banco de Dados à Arqueologia”, que está sendo realizado em parceria com o Laboratório de Arqueologia da UFMG e tem como objetivo montar um banco de dados sobre os judeus, criptojudeus, e cristãos-novos que vieram para Minas Gerais no século XVIII em conseqüência das atividades da Inquisição na Península Ibérica. “Os projetos são fundamentais para transmitir os valores judaicos para a sociedade em geral e, claro, difundir a memória dos imigrantes judeus e seus descendentes”, afirma Levy.
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